Na edição de 8 de Abril de 1854 "Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor" é publicado o "annuncio de leilão" do terreno que constituía a horta superior da casa denominada de Bagman, sita defronte da extinta Alfândega (no Porto Interior).
O proprietário referido - desde pelo menos 1812 - era Conrad Christian Bagman, que casou com uma macaense e se estabeleceu em Macau. Neste leilão a propriedade foi adquirida por Francisco Antonio Volong e passou a ser conhecida como Horta de Volong.
Francisco António Volong era filho de Job Volong e de Inês Volong. “Bom cristão, gozava do privilégio de ter em sua casa oratório particular“. Francisco António Volong casou com Ana Rosa das Chagas, filha de Francisco das Chagas e de Paula das Chagas, de quem teve três filhos.
A base de licitação era 400 patacas e no caso do comprador ser estrangeiro teria de pagar à "Fazenda Nacional" um foro já que os estrangeiros não podiam ser proprietários.
A alfândega chinesa do Porto Interior num detalhe de um mapa de 1840 |
Os terrenos da horta de Volong, com uma área de cerca de 200 hectares, seriam expropriados por utilidade pública em 1894 para saneamento da zona que foi aterrada sendo também construídos esgotos. Na toponímia ficou o nome Rua do Volong, na freguesia de S. Lázaro.
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