José de Aquino Guimarães e Freitas escreveu em 1828, em Coimbra, "Memória sobre Macau". O livro surge referenciado no Bibliographie annamite (Bibliografia anamita), uma bibliografia de livros, artigos de jornais, manuscritos e mapas de ou sobre o Vietname, que remonta à chegada do primeiro sacerdote francês ao país no século XVII. Neste livro publicado em 1867 surgem listados 470 items, incluindo obras em francês, inglês, alemão, português, espanhol e italiano. A bibliografia está organizada em cinco partes. A obra foi compilada por Victor-Amédée Barbié du Bocage (de 1832 a 1890), um arquivista e bibliotecário da Sociedade Geográfica de Paris.
"Memória sobre Macao" é da autoria de José de Aquino Guimarães e Freitas, "natural da Província de Minas Geraes, Coronel de Artilheria, ex-Procurador da mesma Cidade, actualmente Governador da de Coimbra. Coimbra, na Real Imprensa da Universidade. 1828." - capa do livro de 94 páginas.
Inocêncio XII, 240 e IV, 249: “O Sr. A. Marques Pereira ocupou-se deste autor n'uma serie de artigos biobibliográficos publicada no Ta ssi yang kuo, de 1864, e aí leio: «Chegou (o coronel José de Aquino) a Macau pelos anos de 1815, e serviu no batalhão do príncipe regente, sob as ordens do brigadeiro Francisco de Mello da Gama Araujo, que mais tarde foi governador de Diu. Recebida em Macau, em 1822, a noticia do regresso de D. João VI a Portugal, o governador e capitão geral desta cidade, que então era José Osório de Castro Cabral e Albuquerque, nomeou o coronel José de Aquino Guimarães e Freitas para passar a Lisboa com a comissão de felicitar a sua majestade e sua real família pela sua feliz chegada a seu país natal, e ao soberano congresso pela sua instalação e progressivo empenho pelo bem nacional, devendo ao mesmo tempo dar conta da «maneira satisfatória com que se tinha recebido e solenizado em Macau o novo sistema constitucional.»
A esta nomeação se uniu o leal senado, conferindo a José de Aquino os poderes de seu deputado.
Memoria sobre Macau: Coimbra, na Imp. da Universidade 1828. 8.º gr. de 94 pag. Tratando-se desta possessão portuguesa, não devem deixar de comemorar-se aqui os importantes artigos e memorias, que a seu respeito se encontram nos Annaes Maritimos e Coloniaes”.
Parte do índice do livro composto por 31 capítulos
Ilustração de Macau no século XIX (não faz parte do livro referido) |
O jornal O Panorama refere este livro numa edição de 1840 (nº 163):
"Demos a pag 38 do l volume noticia da origem e estado do nosso estabelecimento de Macau fundado e consentido por beneplácito dos chins ampliaremos e rectificaremos as que ali exarámos agora que temos á vista dois modernos escriptos portugueses sobre o assumpto: Memória acerca do Macau por José de Guimarães e Freitas e o appendice sobre os estabelecimentos portugueses a leste do Cabo de Boa Esperança escriptas pelo nosso digno sócio o Sr Conselheiro Manuel José Gomes Loureiro; destas obras extrahiremos o mais importante ."
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