Segundo o autor “o livro é fruto de um projecto que pretende trazer a público um dos episódios simultaneamente mais marcantes e esquecidos da China pós-imperial – a participação na Grande Guerra. O Instituto Internacional de Macau (IIM), prestigiado ‘think tank’ com o qual tenho o privilégio de colaborar regularmente, abraçou desde logo o meu propósito, de que resultou aquela que será a primeira obra original em língua portuguesa sobre esta fascinante temática.”
Não obstante a sua importância, a participação chinesa no conflito é ainda pouco conhecida. “Exauridos e sujeitos a uma guerra de desgaste interminável, os Aliados foram obrigados a recorrer às forças armadas das dependências coloniais, bem como trabalhadores estrangeiros destinados a suportar o esforço de guerra, substituindo desse modo os homens chamados à linha da frente. O Império Britânico mobilizou australianos, canadianos, neo-zelandeses, indianos e sul-africanos, entre outros. Os franceses convocaram marroquinos, senegaleses e vietnamitas. (…) Mais curiosa, porquanto relativamente desconhecida, é a saga dos trabalhadores chineses que participaram activamente nos palcos europeus da Grande Guerra. Os cemitérios chineses, espalhados pelo norte de França e Bélgica, são testemunhos silenciosos da premeditada entrada em cena da China no sistema internacional e de um esforço que nunca seria devidamente reconhecido.”
Sem comentários:
Enviar um comentário