Construído no Arsenal da Marinha (Lisboa) - na 1ª imagem - em 1936 o NRP "João de Lisboa" pertencia à classe "Pedro Nunes" com o seguinte nº de amura: F 477. Era um 'aviso' de 2ª classe e esteve nesta função durante 24 anos (até 1960).
No início da década de 1960 foi reclassificado como navio hidrográfico passando a ter o nº A 5200. Esteve ao serviço da Missão Hidrográfica do Continente e Ilhas Adjacentes até 1966.
Um aviso é um tipo de navio de guerra com diversas caraterísticas e funções, que variaram ao longo do tempo e conforme o operador. O termo "aviso" resulta da abreviação de barco de aviso. Originalmente, designava-se, por "aviso", um navio pequeno e rápido, que servia de ligação para o comando de uma esquadra naval, sendo utilizado na transmissão de avisos e de outras mensagens, entre os diversos navios e, entre estes e terra. Paralelamente, pela sua rapidez e agilidade, os avisos também realizavam operações de reconhecimento e exploração em proveito da esquadra.
O programa naval português da década de 1930 prevê a construção de uma série de navios de guerra especialmente concebidos para a atuação no Império Colonial Português que são classificados como avisos coloniais. Os avisos coloniais correspondem a um conceito semelhante ao das canhoneiras da transição do século XIX para o XX, mas mais avançados e com muito mais capacidades. No entanto, o plano de 1930 ainda prevê canhoneiras que seriam de deslocamento inferior ao dos avisos. Os novos avisos são lançados a partir de 1932. São construídos avisos de 1ª classe (classe Afonso de Albuquerque de 2400 t) e avisos de 2ª classe (classe Pedro Nunes de 1200 t e classe Gonçalo Velho de 1700 t). Também foram reclassificados, como avisos de 2ª classe, os cruzadores já em serviço da classe Carvalho Araújo - originalmente sloops britânicas da classe Flower.
A ponte-cais nº 1 tb conhecida por ponte-cais do governo, na Barra. Foto cedida por João Carion |
A seguir à Segunda Guerra Mundial, os avisos coloniais portugueses foram equiparados a fragatas, passando a ostentar um número de amura com o prefixo "F". No entanto, individualmente, cada navio, continuava a ser referido como "aviso". Nas décadas de 1940 e de 1950, os avisos foram consideravelmente modernizados, nomeadamente com a instalação de sensores e armamentos mais avançados para a luta antisubmarina. Na década de 1960 os avisos ainda em serviço foram transformados em navios hidrográficos.
O NRP João de Lisboa em Macau em Maio de 1949
Foto cedida por João Carion
Meu pai, Antonio Simoes Alves esteve embarcado nesse navio durante a estadia em Macau de 49 a 52.
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