Antes da construção do teatro D. Pedro V o público de Macau teve raras oportunidades para assistir a peças de teatro ou espectáculos do género. Fosse por via de pequenas companhias que estavam de passagem pelo território fosse pela parolice dos amantes da arte.
Em meados de 1836 há registo de durante alguns meses ter existido o chamado "Theatro Concórdia" criado por um grupo de amadores que levaram à cena algumas peças nas suas instalações. Exemplos: a comédia "Roberto chefe de salteadores" e uma ária da ópera Generentola.
A 29 de Setembro de 1867, o Boletim do Governo de Macau e Timor noticiava uma representação dada por sargentos do batalhão de linha de Macau a favor de um "projetado asilo de órfãs e desvalidas".
"Hontem teve lugar no nosso theatro a representação dada pelos officiais inferiores do Batalhão de Linha de Macao. (...) Os actores, sob os auspicios do inteligente alferes Carvalho, o qual fora guiado pelos conselhos do benemérito commandante do batalhão, desempenharam-se com muita habilidade dos papeis de que se encarregaram. O expectaculo compoz-se das comedias: Amasonas piemontesas, A costureira, O marido victima das modas, O capelão do regimento, e Cada um no seu lugar. Nos intervalos houve a scena cómica O meu amigo banana, e umas variações sobre a Somnambula, obrigadas a cornetim. A soirée teatral acabou assim bastante tarde, mas o publico conservou-se até ao fim da noite animado e satisfeito com o desempenho do expectaculo."
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