No século XIX as pinturas e modelos panorâmicos tornaram-se formas muito populares de representar paisagens e eventos históricos. Predecessor do conceito Imax, o “panorama” remonta ao final do século 18 possibilitando ao observador um olhar circular e móvel sobre uma pintura ou desenho de grandes dimensões. Antes da consagração da fotografia e do surgimento do cinema, o “panorama” irá vingar durante todo o século 19. A origem do nome vem de duas palavras gregas, παν (pan), que significa "total", e ὅραμα (órama).
Os panoramas surgem assim como formas de entretenimento muito antes da fotografia e do cinema e depressa conquistaram audiências sedentas de novidade. Certos trabalhos - de pintura - tinham 10 metros de altura e 100 metros de comprimento!
Foi pois do esforço para captar a ilusão do real e a totalidade do espaço que ‘nasceu’ o “panorama” criado pelo pintor irlandês Robert Barker em 1787 que o patenteia com a expressão francesa “La Nature à Coup d’ Oeil“ e escreve assim: “Pela Invenção... pretende-se, através do desenho, da pintura e da disposição correcta do todo, apresentar uma vista inteira de algum país ou situação, conforme aparece a um observador que gire em torno de si”.
Os “panoramas” consistiam em grandes painéis - montados de forma circular - pintados a cores de forma contínua e iluminados natural e artificialmente, fixados nas paredes de um edifício em forma circular (rotunda). O observador posicionava-se numa plataforma central elevada (que podia ter vários pisos), de onde podia ver, sob efeito da ilusão de óptica (iluminação, profundidade), um grande quadro que abarcava todo o seu horizonte. As mudanças na iluminação utilizada davam a impressão do decorrer do dia. Eram cenários de efeito de realidade, os quais simulavam a visão da natureza como uma representação fiel de uma cidade ou de uma batalha, por exemplo, fazendo com que o observador ficasse com a ilusão de estar no local que era representado, quer fosse uma cidade, uma batalha ou a cerimónia de coroação de um rei.
Depois do sucesso na Europa a técnica depressa chegou aos EUA onde foram construídos diversos espaços para o efeito com dois e até mesmo três pisos.
Os panoramas surgem assim como formas de entretenimento muito antes da fotografia e do cinema e depressa conquistaram audiências sedentas de novidade. Certos trabalhos - de pintura - tinham 10 metros de altura e 100 metros de comprimento!
Foi pois do esforço para captar a ilusão do real e a totalidade do espaço que ‘nasceu’ o “panorama” criado pelo pintor irlandês Robert Barker em 1787 que o patenteia com a expressão francesa “La Nature à Coup d’ Oeil“ e escreve assim: “Pela Invenção... pretende-se, através do desenho, da pintura e da disposição correcta do todo, apresentar uma vista inteira de algum país ou situação, conforme aparece a um observador que gire em torno de si”.
Os “panoramas” consistiam em grandes painéis - montados de forma circular - pintados a cores de forma contínua e iluminados natural e artificialmente, fixados nas paredes de um edifício em forma circular (rotunda). O observador posicionava-se numa plataforma central elevada (que podia ter vários pisos), de onde podia ver, sob efeito da ilusão de óptica (iluminação, profundidade), um grande quadro que abarcava todo o seu horizonte. As mudanças na iluminação utilizada davam a impressão do decorrer do dia. Eram cenários de efeito de realidade, os quais simulavam a visão da natureza como uma representação fiel de uma cidade ou de uma batalha, por exemplo, fazendo com que o observador ficasse com a ilusão de estar no local que era representado, quer fosse uma cidade, uma batalha ou a cerimónia de coroação de um rei.
Depois do sucesso na Europa a técnica depressa chegou aos EUA onde foram construídos diversos espaços para o efeito com dois e até mesmo três pisos.
As duas ilustrações de "Explanation of a View of Macao in China now exhibiting at the Panorama, Leicester Square".
Um dos “Panoramas” mais conhecidos na Europa foi o de Leicester Square, na Cranbourn Street, em Londres, construído em 1792 por Robert Barker e que segundo relatos da época ficou rico. O bilhete de entrada custava 3 shillings.
Barker morreu em 1806 e seria o filho, Henry Aston Barker, a herdar o negócio. Este, por sua vez, viria a reformar-se em 1826 e a gerência foi assumida pelo seu assistente, John Burford que morreria um ano depois. Foi assim que surgiu em cena Robert Burford (filho de John), que ficaria responsável pelo The Panorama até morrer em 1861. Nascido em 1791, Robert estreou-se na carreira artística como pintor numa exposição na Royal Academy – onde se formara - em 1812. Robert era a alma do Panorama cuja época gloriosa também chegava ao fim. Em 1865 o edifício seria convertido em escola.
Barker morreu em 1806 e seria o filho, Henry Aston Barker, a herdar o negócio. Este, por sua vez, viria a reformar-se em 1826 e a gerência foi assumida pelo seu assistente, John Burford que morreria um ano depois. Foi assim que surgiu em cena Robert Burford (filho de John), que ficaria responsável pelo The Panorama até morrer em 1861. Nascido em 1791, Robert estreou-se na carreira artística como pintor numa exposição na Royal Academy – onde se formara - em 1812. Robert era a alma do Panorama cuja época gloriosa também chegava ao fim. Em 1865 o edifício seria convertido em escola.
Durante a sua carreira Robert pintou dezenas de panoramas - Viena, Cabul, Damasco, Rouen, Madrid, Cidade do México, Sydney, Atenas, Jerusalém, Milão, Roma, Pompeia, Cataratas do Niagara, Nova Iorque, etc… É ainda da sua autoria um ‘panorama’ da cidade de Cantão em 1838 (Description of a View of Canton, the River Tigress, and the Surrounding Country) e outro de Hong Kong (Description of a view of the island and bay of Hong Kong), exibido em 1843, a partir de desenhos do tenente F. J. Whites, dos Royal Marines.
Entrada do "Panorama"
Nota: Esta é a primeira parte de um total de três partes de mais um artigo exclusivo do blogue Macau Antigo que este ano comemora o 10º aniversário. JB
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