”Discreto e avesso ao protagonismo, o Padre Benjamin Videira Pires revelava a sua faceta intelectual quando escrevia", destaca Beatriz Basto da Silva.
O 100º aniversário do nascimento do Padre Benjamin Videira Pires foi assinalado na sexta-feira pelo Instituto Internacional de Macau com uma palestra proferida por Beatriz Basto da Silva, tendo a historiadora recordado a vasta obra deixada pelo missionário que é apontado como uma das figuras mais marcantes da vida cultural de Macau, na segunda metade do século XX.
“Deixou livros, deixou intervenções em revistas académicas, em jornais, em boletins técnicos de história, em boletins de instituições. Fez muitas palestras e muitas conferências e internacionalmente representou Portugal. A sua obra é vasta nesse sentido, mas sempre sobre um assunto pequeno. Ele nunca visou as obras de conjunto, nunca visou a interpretação global da presença de Portugal no Oriente”, afirmou a historiadora à Rádio Macau.
Segundo Beatriz Basto da Silva, o Padre Benjamin Videira Pires “sedimentou aspectos dessa presença, aprofundando e estudando muito a fundo determinados aspectos”, dando o exemplo do foro do chão. “Um pagamento exigido pela China para sermos autorizados a permanecer em Macau sem qualquer outra licença que não fosse pagando a nossa estadia. Era um aluguer de terreno, não era uma posse”.
A historiadora salientou ainda que o missionário aprendeu chinês “para poder entender melhor as pessoas e para poder penetrar na cultura chinesa tanto quanto lhe fosse possível”.
“Podemos dizer que foi um intelectual. Simplesmente não tinha um perfil humano de intelectual, e isso às vezes parece que não cabe na figura dele. Porque era uma pessoa discreta, silenciosa, falava pouco, quando falava correcto, mas não procurava protagonismo. Portanto, não se revelava na sua faceta intelectual, a não ser quando escrevia. Como nem toda a gente lê, nem toda a gente conhece a imagem dele”, acrescentou.
Artigo publicado no JTM de 11.1.2016. Foto do IIM
“Deixou livros, deixou intervenções em revistas académicas, em jornais, em boletins técnicos de história, em boletins de instituições. Fez muitas palestras e muitas conferências e internacionalmente representou Portugal. A sua obra é vasta nesse sentido, mas sempre sobre um assunto pequeno. Ele nunca visou as obras de conjunto, nunca visou a interpretação global da presença de Portugal no Oriente”, afirmou a historiadora à Rádio Macau.
Segundo Beatriz Basto da Silva, o Padre Benjamin Videira Pires “sedimentou aspectos dessa presença, aprofundando e estudando muito a fundo determinados aspectos”, dando o exemplo do foro do chão. “Um pagamento exigido pela China para sermos autorizados a permanecer em Macau sem qualquer outra licença que não fosse pagando a nossa estadia. Era um aluguer de terreno, não era uma posse”.
A historiadora salientou ainda que o missionário aprendeu chinês “para poder entender melhor as pessoas e para poder penetrar na cultura chinesa tanto quanto lhe fosse possível”.
“Podemos dizer que foi um intelectual. Simplesmente não tinha um perfil humano de intelectual, e isso às vezes parece que não cabe na figura dele. Porque era uma pessoa discreta, silenciosa, falava pouco, quando falava correcto, mas não procurava protagonismo. Portanto, não se revelava na sua faceta intelectual, a não ser quando escrevia. Como nem toda a gente lê, nem toda a gente conhece a imagem dele”, acrescentou.
Artigo publicado no JTM de 11.1.2016. Foto do IIM
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