quinta-feira, 20 de abril de 2017

Jose P. Rizal: 1861-1896



Nascido nas Filipinas em 1861 (Calamba) no seio de uma família rural abastada, mas com ascendência chinesa através de um trisavô, José P. Rizal formou-se como médico em Madrid, onde começou a luta pela independência.
De Espanha seguiu para Paris e Heidelberg, onde aprofundou os estudos de medicina e dedicou-se à escrita inspirando vários movimentos de libertação.
Essa luta obrigou-o várias vezes a ter de fugir do país. No segundo exílio forçado viajou por várias paragens. 
Foi assim que a 18 de Fevereiro de 1888 - com 27 anos - passou por Macau oriundo de Hong Kong tendo ficado hospedado em casa de Juan Francisco Lecaros, um influente homem de negócios filipino casado com uma portuguesa que vivia no território.
Nessa ocasião, acompanhado por outro exilado filipino a residir em Hong Kong, José Maria Baza, Rizal chegou a Macau através do vapor Kiu-Kiang. Durante a curta estadia visitaram o Jardim de Camões, o teatro Dom Pedro V, um casino, igrejas, pagodes e assistiram a uma procissão. Rizal deixaria registos dessa visita no seu diário e nas cartas que escreveu.
A 20 de Fevereiro regressaram a Hong Kong e Rizal seguiu depois viagem rumo ao Japão a bordo do vapor Oceanic.
Rizal fixaria residência em Hong Kong, então uma colónia britânica, entre 1891 e 1892, tendo montado consultório como oftalmologista (imagem abaixo).
Regressado às Filipinas em 1892 seria julgado num tribunal militar e condenado à morte pela sua luta contra o colonialismo. Foi executado a 30 de dezembro de 1896 pelo exército espanhol em Manila. 
Considerado um herói nas Filipinas, no lugar onde foi fuzilado, ao lado das muralhas do Forte Santiago, foi construído um parque memorial em 1913, que é o pulmão da cidade e inclui com uma estátua de 15 metros de altura, erguida junto ao seu túmulo.
Um pouco por todo o mundo existem alusões à sua vida e obra. Em 2001 por ocasião do seu 150º aniversário o consulado das Filipinas em Macau inaugurou um busto de Rizal, (último imagem deste post).
Nos muitos textos da sua autoria ficou célebre o que escreveu na véspera da execução. Ficaria conhecido por "Mi último adiós" e "Mi ultimo pensiamento" mas na verdade o texto original não tinha título e começa como a expressão "Adios pátria adorada".

After arrived in Hong Kong in February 8, 1888, the journalist, poet, doctor, activist and Filipino hero José P. Rizal (1861-1896) made a short visit to Macau. He was 27 years old. On February 18, accompanied by Jose Maria Basa, a Filipino Hong Kong residente exiled for being part of the 1872 revolt which led to the execution of Gomburza, Rizal boarded the ferry steamer, Kiu-Kiang for Macau.
While in Macau, he and his friend stayed at Don Juan Francisco Lecaros home, a Filipino gentleman married to a Portuguese lady.
Rizal toured the famous places of Macau such as pagodas, botanical gardens, casino, theatres, churches, and witnessed a Catholic procession (19th february), in which the devotees were dressed in blue and purple dresses and were carrying unlighted candles.
On his diary Rizal wrote that Macau is small, low and gloomy and it looks sad.
On 20th February Rizal and Basa returned to Hong Kong, again on board the ferry steamer Kiu Kiang and after he took the steamer Oceanic on his way to Japan. On his way back he pratice medicine (ophthalmology) in Hong Kong from 1891 to 1892 (see image above), when he returned to Manila.
He was executed by the spanish authorities in Manila on 30th December 1896. On the eve of his execution we wrote the poem knowned as Mi Último Adiós (My Last Farewell) but Rizal didn't wrote a title. The poem starts with "Adios pátria adora" / Farewell my adored land" .
In June 2011 the Consulate of the Philippines in Macau inaugurated a bust of José Rizal in its facilities to mark its passage through the territory and his 150th birthday (image on the left.

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