A segunda parte do despacho do correspondente do DN em Macau conta os pormenores da pequena guerra entre piratas chineses, refugiados em Coloane, e as tropas portuguesas estacionadas em Macau. Trata-se de uma narrativa cheia de peripécias, como num romance de aventuras de Emilio Salgari.
O bando de piratas dedicava-se à extorsão e raptou um grupo de estudantes de famílias chinesas ricas, exigindo resgate avultado, equivale a 18 contos, 18 milhões de reis, o que hoje seria uma verba a rondar 2 milhões de euros. Os reféns foram levados para Coloane e as autoridades organizaram uma operação militar envolvendo 40 soldados de infantaria. No entanto, a unidade caiu numa emboscada ao desembarcar. Na confusão, perdeu-se o controlo da fortaleza local, que os piratas ocuparam.
Após bombardeamento executado por duas canhoneiras, os piratas foram forçados a fugir para as montanhas, mas a situação complicou-se devido a um Tufão. O texto não menciona baixas e não explica a razão da população ter ajudado os bandidos que viviam do roubo. Finalmente, numa caverna das montanhas de Coloane, foram capturados 15 piratas, com 13 mulheres e 3 crianças. As autoridades conservavam detidos 70 chineses suspeitos.
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