Todos os anos, no quinto dia do quinto mês lunar, por volta do solstício de Verão, comemora-se na China o Festival do Barco Dragão, com milhares de pessoas a formarem equipes, construindo barcos de madeira com forma de dragão. Os barcos dragão são longas embarcações de madeira com cauda e cabeça de dragão, pintados de várias cores 20 remadores posicionados aos pares, um timoneiro ao leme e um tamborileiro à proa, dando vida a estes barcos e ritmo à festa, que avançam ao som dos tambores e sob as indicações do capitão que, de pé, coordena os movimentos dos remadores, recriando assim as tentativas feitas para salvar Quyuan das águas do rio. E assim acontece igualmente em Macau. Mas como nasceram as corridas e as festividades dos Barcos Dragão?
Para uns, estas festividades encontram a sua origem na dinastia Zhou (1050-221 a.C.), quando o poeta e ministro da dinastia Zhou Quyuan (Wat Yun), se atirou ao rio Miluo, situado a Nordeste da província de Hunan, após ter sido caluniado injustamente, por colegas desonestos e ter perdido toda a esperança no seu reino dado à corrupção que se instalou.
A lenda acrescenta que a população, numa tentativa de resgatar o corpo do poeta antes que os monstros marinhos se apoderassem dele, correram para as canoas e remaram a toda a velocidade pelo rio, batendo em tambores para afugentar os peixes, atirando à água pudins de arroz embrulhados em folhas de bananeiras, desviando assim a atenção dos monstros marinhos do corpo do malogrado homem.
Uma outra versão da lenda conta que o espírito do poeta terá visitado a sua irmã para lhe dizer que nada tinha com que se alimentar pelo que a irmã passou a atirar arroz para o rio para o irmão preso nas profundezas das águas. No entanto há quem defenda que esta festa já existia, sobre outra forma, muito antes da morte do poeta. Segundo estudos contemporâneos, a Festa dos Barcos Dragão seria uma variante da antiga Festa da Água ou Festa do Dragão, celebrada em honra deste animal, responsável pela água.
Os habitantes do interior da China consideram que o quinto dia do quinto mês é um dia nefasto, sendo esta a altura em que cinco animais venenosos, a centípede, o escorpião, a serpente, o lagarto e o sapo, adquiram maior expansão e expressão, pelo que era então necessário expulsa-los assim como à pestilência por eles provocada, homenageando o Deus Dragão, garantindo simultaneamente, água suficiente para todo o ano, elemento vital para a agricultura e a vida quotidiana. Contudo, a lenda que ainda prevalece é a do famoso poeta.
Actualmente em Macau, as regatas dos Barcos Dragão realizam-se no lago Nam Van, em frente da Avenida da Praia Grande, tornaram-se numa prova internacional, juntando em
A lenda acrescenta que a população, numa tentativa de resgatar o corpo do poeta antes que os monstros marinhos se apoderassem dele, correram para as canoas e remaram a toda a velocidade pelo rio, batendo em tambores para afugentar os peixes, atirando à água pudins de arroz embrulhados em folhas de bananeiras, desviando assim a atenção dos monstros marinhos do corpo do malogrado homem.
Uma outra versão da lenda conta que o espírito do poeta terá visitado a sua irmã para lhe dizer que nada tinha com que se alimentar pelo que a irmã passou a atirar arroz para o rio para o irmão preso nas profundezas das águas. No entanto há quem defenda que esta festa já existia, sobre outra forma, muito antes da morte do poeta. Segundo estudos contemporâneos, a Festa dos Barcos Dragão seria uma variante da antiga Festa da Água ou Festa do Dragão, celebrada em honra deste animal, responsável pela água.
Os habitantes do interior da China consideram que o quinto dia do quinto mês é um dia nefasto, sendo esta a altura em que cinco animais venenosos, a centípede, o escorpião, a serpente, o lagarto e o sapo, adquiram maior expansão e expressão, pelo que era então necessário expulsa-los assim como à pestilência por eles provocada, homenageando o Deus Dragão, garantindo simultaneamente, água suficiente para todo o ano, elemento vital para a agricultura e a vida quotidiana. Contudo, a lenda que ainda prevalece é a do famoso poeta.
Actualmente em Macau, as regatas dos Barcos Dragão realizam-se no lago Nam Van, em frente da Avenida da Praia Grande, tornaram-se numa prova internacional, juntando em
2013 mais de 3000 participantes.E assim acontece todos os anos, adquirindo cada vez mais uma dimensão desportiva com grande impacto turístico para o território, com cada uma das embarcações a representar uma aldeia, uma localidade ou uma associação. Geralmente, nas equipas de Macau, encontramos associações diversas, tais como a dos pescadores, a dos agricultores ou a dos operários. Mas encontramos igualmente equipas de grupos desportivos, equipas universitárias ou ainda equipas representando as ilhas de Coloane e da Taipa.
A competição desenrola-se em dois dias, sendo disputadas, no primeiro, as eliminatórias e as meias-finais. Depois dos grupos estarem definidos para as semi-finais, serão determinadas as equipas que irão disputar a final.
Mas as regatas não são as únicas características da Festa dos Barcos Dragão.
Finda a competição, preparam-se bolos de arroz, os “Chong” (tchong) – antigamente conhecidos em Macau pelo nome de “bolos de catupá” –, cozidos em banho-maria, embrulhados em folhas de bananeira e atados com cordel vegetal de modo a ficarem em forma de pirâmide. Uma tradição relacionada com a morte do poeta QuYuan, apesar deste costume ser muito mais antigo, pois já foi um alimento sazonal que assinalava a chegada do Verão.
Existem em Macau diversas variedades de bolos de arroz que vem satisfazer os mais variados gostos. Os mais comuns são os bolos de arroz cozido a vapor, os bolos de arroz salgado, com uma gema de ovo salgado, toucinho, carnes fumadas e camarão seco no seu interior e os bolos de arroz doce, com recheio de açúcar e gema de ovo salgada. O Chong com recheio de cogumelos e vieira e o Chong com recheio de sementes de lótus moídos e grãos de cevada, são também muito apreciados e muito procurados tanto para consumo próprio como para oferecer aos familiares e amigos.
Texto e imagens do Turismo de Macau
A competição desenrola-se em dois dias, sendo disputadas, no primeiro, as eliminatórias e as meias-finais. Depois dos grupos estarem definidos para as semi-finais, serão determinadas as equipas que irão disputar a final.
Mas as regatas não são as únicas características da Festa dos Barcos Dragão.
Finda a competição, preparam-se bolos de arroz, os “Chong” (tchong) – antigamente conhecidos em Macau pelo nome de “bolos de catupá” –, cozidos em banho-maria, embrulhados em folhas de bananeira e atados com cordel vegetal de modo a ficarem em forma de pirâmide. Uma tradição relacionada com a morte do poeta QuYuan, apesar deste costume ser muito mais antigo, pois já foi um alimento sazonal que assinalava a chegada do Verão.
Existem em Macau diversas variedades de bolos de arroz que vem satisfazer os mais variados gostos. Os mais comuns são os bolos de arroz cozido a vapor, os bolos de arroz salgado, com uma gema de ovo salgado, toucinho, carnes fumadas e camarão seco no seu interior e os bolos de arroz doce, com recheio de açúcar e gema de ovo salgada. O Chong com recheio de cogumelos e vieira e o Chong com recheio de sementes de lótus moídos e grãos de cevada, são também muito apreciados e muito procurados tanto para consumo próprio como para oferecer aos familiares e amigos.
Texto e imagens do Turismo de Macau
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