Um ano mais tarde, os carros voltavam ao Circuito da Guia, então já completamente asfaltado. E não foi preciso esperar muito para que aparecessem as bancadas em cimento armado. Todos os anos algo melhorava, o que se percebe até pelos gastos de organização. A primeira edição do Grande Prémio de Macau custou 15 mil patacas. No ano seguinte as despesas subiram para 60 mil. Em 1956 foram precisas mais de 200 mil... Entretanto, também o público começava a pagar bilhete. Uma pataca foi quanto custou o ingresso no circuito em 1955. Mas os carros andavam, as corridas faziam-se. Isso, sim, era importante. E acontecia com o apoio da Polícia e do Exército, que emprestava os sinaleiros para a pista... A cronometragem, claro, era manual, e o conta-voltas feito com folhas do calendário...
Os anos foram passando. Apareceram os ‘fórmulas’, as motos, o reconhecimento da Federation Internationale du Sport Automobile, a inscrição no calendário internacional. E Macau projectava-se no mundo através do seu Grande Prémio.(...) E tudo a partir de uma brincadeira do grupo de quatro homens a que é preciso juntar o nome do António Lage, de pronto chamado para colaborar nas tarefas de âmbito comercial. Homens a quem o Grande Prémio de Macau tudo deve. Ter nascido, e também não ter acabado. Como podia ter acontecido, no final da década de 60, quando uma das pontes para peões se abateu sobre o circuito. Era o fim para muitos. Macedo Pinto agitou a bandeira vermelha, mas houve o discernimento e a coragem para dar nova partida!
Os criadores do Grande Prémio não foram quatro mas sim seis, cujos nomes constam no envelope comemorativo apresentado mais acima. Na tribuna original figurava uma placa com os seus nomes.
ResponderEliminarA queda da ponte pedonal não aconteceu no final da década de 60 mas sim de 50, mais precisamente em 1959. Eu, meus pais e minhas irmãs tinhamos passado poucos minutos antes.
ResponderEliminar