De acordo com o Cadastro de Vias Públicas de 1957 o Pátio do Lilau (freguesia de S. Lourenço) "está situado junto da Calçada de Lilau, à direita, na vertente Norte da Colina da Penha. Em 1869 havia uma via pública com o mesmo nome, provavelmente no mesmo local ou nas proximidades da actual." Em chinês denomina-se Á Pó Cheang Vai.
A Rua do Lilau começa na Rua da Barra, em frente da Travessa de Antônio da Silva e ao lado da Rua do Pe. António, e termina na Rua da Penha entre os prédios nos. 18 e 20. A ligação desta rua com a Rua da Penha é feita através de uma escadaria de pedra.
O Beco do Lilau (na imagem acima) está situado entre a Rua e a Calçada do Lilau, tendo a entrada ao lado do prédio no. l da Rua da Barra.
A Calçada do Lilau começa na Rua da Barra, entre os prédios nos. 3 e 5, e segue em direcção à vertente norte da Colina da Penha, na qual termina, um pouco além do Pátio do Lilau. A ligação com a rua da Barra é feita através de uma escadaria de pedra.
in Toponímia de Macau - Volume I - Ruas com Nomes Genéricos - de Padre Manuel Teixeira - edição de 1979)
«Na cidade de Nome de Deos de Macao temos huma ermida consagrada a Nossa Senhora da Penha de França em hum dos montes da cidade, chamado Nilao, edificada pelo Pé. Fr. Estevão de Vera Cruz, prior do convento da mesma cidade em o anno de 1623, em cuja fábrica muito trabalhou gastando do convento (alem das esmolas) trezentos, e tantos taéis de prata» (A. da Silva Rego, Documentação. Vol. XI, p. 166)

Parece que foi a ermida construída em 1622, que deu o nome de Penha à colina, que antes se chamava de Nilau. Marco d'Avalo escrevia em 1638 acerca dum forte que lá havia: — Chamava-se o segundo dos fortes Nostra Seignora de Ia Penha de Franciã, porque tem dentro uma ermida com este nome (Ta-Ssi-Yang-Kuo, II, 421).

Constando ao Senado que fora construída uma barraca de palha, com depósito de matérias pútridas em cima da Fonte de Lilau, comunicando-se isso à fonte com grande detrimento do público, ordenou, a 28-7-1825, ao Juiz Almotacel Francisco Xavier Lança, que fosse lá e, sendo aquilo certo, notificasse os senhorios que desmanchassem a barraca e limpassem o terreno daquele imundo depósito (Arq. de Macau, Março de 1953, p. 167).
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Largo do Lilau. Foto de Álvaro Tavares |
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Acesso à fonte no séc. XXI e placa toponímica da segunda metade séc. XX. |
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