Filho de um comerciante escocês, William Chambers (1723-1796) nasceu na Suécia mas foi em Inglaterra que se destacou como arquitecto. Entre 1740 e 1749 foi contratado pela Companhia Sueca das Índias Orientais, fazendo três viagens à China, onde estudou arquitectura e decoração chinesa.
De regresso à Europa, estudou arquitetura em Paris e passou cinco anos em Itália. Em 1755 mudou-se para Londres, onde estabeleceu um atelier de arquitectura. Em 1757 foi nomeado tutor de arquitetura do Príncipe de Gales, mais tarde Jorge III, e em 1766 foi nomeado arquiteto do Rei.
Tancar (em cima) uma embarcação típica da costa do Sul da China, incluindo Macau |
Em 1757 publicou "Designs of Chinese buildings, furniture, dresses, machines, and utensils", William Chambers", um livro de ilustrações de edifícios, mobília, trajes, embarcações e utensílios chineses - na imagem acima - que vieira a ter grande impacto na Europa. O gosto pelo tema levou-o a elaborar dissertação sobre Jardinagem Oriental em 1772. Mas a sua obra de maior referência foi um Tratado de Arquitetura Civil, publicado em 1759 e que em 1862 ainda era republicado. Entre 1758 e até meados da década de 1770 Chambers focou-se na construção de casas para a nobreza. Foi nesse período que projectou (1762) o Grande Pagode - 10 pisos/ 50 metros de altura - nos jardins reais de Kew (Londres) e que ainda hoje existe.
Em 1766 foi eleito membro estrangeiro da Real Academia Sueca de Ciências e dois anos depois desempenhou um papel importante na fundação da Royal Academy. Morreu em Londres em 1796 estando sepultado no "Poets' Corner" na Abadia de Westminster.
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