Nos primeiros anos de 1900, duas empresas de Hong Kong, a M. Sternberg e a Graça & Co. publicaram dois postais ilustrados alusivos à Porta do Cerco que têm uma particularidade: são iguais. Na imagem surge parte da tripulação da canhoneira Zaire que chegou a Macau a 12 de Agosto de 1900 na sequência da Revolta dos Boxers, evento ocorrido no norte da China meses antes. O Corpo Expedicionário era "constituído por 14 oficiais e 368 praças de pré, uma Companhia de Calçadores 3, uma Bataria de Artilharia 2, elementos do serviço de saúde e administrativos.”
"Porta Cerco, the gate dividing Portuguese and Chinese territory. Macao."
Uma legenda com um erro: "Porta Carvo"
Atente-se na diferença de cores usadas pela empresa de M. Sternberg (acima) e a de Graça & Co. (abaixo)
A "Zaire" (1884-1916)
Na edição de Março de 1902 da revista Serões, J. F. Marques Pereira, assina um artigo - Portugal e a China ante a questão de Macau - ilustrado com "15 gravuras, cópia de photographias" de P. Marinho, onde aborda esta problemática. No texto introdutório escreve: Os recentes acontecimentos politicos da China, a revolta dos boxers, a intervenção das potencias, a penetração d´estas no isolado imperio asiatico, a lucta das ambições e dos interesses, teem chamado as attenções geraes para o extremo oriente e despertado natural curiosidade. Depois da partilha da Africa, veio a pretenção de dividir tambem a Asia. (...)
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