Palanchica era um pequeno baluarte ou fortificação que existiu no cimo da colina do Patane. Rodrigo Marim Chaves fez esta descrição no livro "O Renascimento do Município Macaense":
"Perto da ermida (de S. António) construiu-se uma tranqueira, pequena fortificação levantada para o que desse e viesse e equipada com algumas peças com que as naus do Japão a dotaram. Este baluarte foi por muito tempo conhecido pelo qualificativo de Palanchica, da qual é descendente a actual travessa da Palanchica que liga hoje a praça Luís de Camões, por um lado, com a rua dos Colonos, indo esta terminar no Tarrafeiro, e por outro lado, e nas alturas da escada do Papel, com a travessa do Patane, à qual se seguem a calçada das sortes, rua da Palmeira e largo do Pagode".
Em "História da Arquitectura em Macau", Maria de Lourdes Rodrigues Costa escreve: "Na zona do Patane existiu um forte, do Patane ou Palanchica, não se conhecendo a data da sua construção, supondo-se que tenha sido em 1625. Encontrava-se integrado na muralha que ligava o Porto Interior ao Monte, com a finalidade de proteger a cidade de uma possível invasão da China. Era formado por três plataformas, tendo cada uma delas uma peça de artilharia, conforme se vê em desenhos da época. Foi demolido por volta de 1640, com todo o pano de muralha a que estava ligado."
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