quarta-feira, 12 de setembro de 2018

The Great Ship from Amacon / O Grande Navio de Amacau


The Great Ship from Amacon: Annals of Macao and the Old Japan Trade, 1555-1640, de C. R. Boxer. 
Edição: Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, Lisboa, 1959.
Estudo de Charles Boxer sobre a história económica do Japão e suas relações com Macau. Inclui a transcrição de numerosos documentos.

Houve uma segunda edição poucos anos depois, em 1963. E ainda em 1988 pelo ICM e em 1989 (versão portuguesa por Manuel Vilarinho) pela Fundação Oriente/Museu e Centro de Estudos Marítimos).
Charles Boxer (1904-2000), foi doutor "honoris causa" pelas mais prestigiadas universidades do mundo e o historiador estrangeiro que mais escreveu sobre os Descobrimentos portugueses. Sem qualquer título académico, começou a carreira de investigador apenas aos 43 anos, já depois de deixar o exército com o posto de major. Publicou livros entre 1926 e 1984.
Em 1988 Charles Boxer estava no território para ser homenageado pelo governador e deu uma entrevista à Revista Macau (nº 12) onde disse que gostaria de morrer em Macau:
“Quando vi Macau pela primeira vez, em 1933, era uma ‘vila pacata’, talvez como uma terra portuguesa semi adormecida no Alto Alentejo, onde muita gente vinha para descansar. Agora, não posso deixar de sentir uma certa nostalgia desse tempo embora saiba que as coisas não podem parar. […] Gostava muito de poder fazer como George Chinnery e morrer aqui, mas nunca fiquei em Macau mais do 10 ou 15 dias seguidos. A curta duração das minhas visitas foi compensada pelas inúmeras vezes que cá tenho vindo e como Macau é bastante pequena deu para ficar a conhecer a cidade bastante bem.”
Curiosamente o seu primeiro trabalho sobre Macau foi escrito em 1926 - "O 24 de Junho, uma façanha dos portugueses" - quando ainda nem tinha ido a Macau. Tinha o posto de tenente e sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa. Este trabalho foi feito originalmente em inglês e seria publicado (a primeira parte) em português logo em Setembro desse ano na edição nº 15 do Boletim Geral das Colónias.
Em baixo o Ex Libris de Charles Boxer.

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