Desde os primórdios do cinema, Macau 'acolheu' de forma entusiasta a 'democratização' da sétima arte. Nos primeiros 50 anos do século XX o território bateu recordes, quer em termos de número de salas de cinema quer em termos de espectadores.
Henrique Senna Fernandes, amante do cinema, num livro editado a título póstumo escreveu: “O mais remoto cinematógrafo de que temos notícia foi o «Chip Seng», situado na Rua da Caldeira…(…). Outro cinematógrafo, também situado no dédalo do Bazar, era o «Tin Lin», no Largo do Hong Kong Mio que, em 4 de Fevereiro de 1909, como reporta «A Verdade» da mesma data, exibia, além de filmes, trabalhos de prestidigitação(…). O primeiro cinematógrafo chamado o «Vitória», também um barracão, foi inaugurado em 9 de Janeiro de 1910, no terreno onde se ergue hoje o edifício dos Serviços Técnicos Municipais, na Rua do Dr. Soares, antigamente Rua da Cadeia (…)… temos a certeza de que, em 1915, era essa mesma companhia a companhia que explorava o «Victoria Theatre» de Hong Kong) que dirigia a exploração do segundo «Vitoria», agora instalado no edifício de tijolo e alvenaria da Rua dos Mercadores…”
Duas fotografias do cine-teatro Nam Van (1964-1995), um dos maiores que Macau teve, cedidas por Jon Doo.
No Anuário de Macau de 1950 vem publicada a 'planta' do cinema Vitória na rua dos Mercadores que era apresentada na bilheteira aquando da aquisição do bilhete. As galerias estava tinham duas classes de bilhete (1.ª e 2.ª) e a plateia três: 1.ª, 2.ª e 3.ª classe.
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