A indústria da pesca teve os seus tempos áureos em Macau, território banhado por águas doces e salgadas. Para além do peixe fresco em Macau fazia-se muito "peixe seco" e "peixe salgado". A poluição do delta do rio acabou por ditar o fim desta actividade no final do século XX.
Para a história ficou o registo toponímico Rua do Peixe Salgado, em chinês, 食魚 ham yu, no Porto Interior, junto à Calçada da Barra.
Na obra "Portugal e as Colónias Portuguesas" (1920), Fortunato de Almeida refere que "é muito considerável a indústria da pesca, que abastece de peixe frêsco, sêco e salgado a cidade de Macau, Hong-Kong e outras povoações."
No final da década de 1920 a indústria da pesca empregava cerca de 20 mil pessoas sendo "uma das maiores riquezas de Macau". Num texto da época informa-se que "perto de um milhar de juncos de alto mar estão empregados nesta indústria e o valor da sua exportação em peixe salgado anda por 3 milhões de patacas. O peixe salgado é exportado para toda a parte do mundo." Em 1923 as estatísticas indicam um total de 20 mil toneladas de peixe e mariscos pescados.
Em 1952 o peixe salgado surge como o produto que mais contribui para as exportações com um total de quase sete milhões de patacas, superando o fabrico de panchões.
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