Num documento de meados do século XVII encontra-se referência a quatro santos padroeiros de Macau: São João Baptista; S. Francisco Xavier cuja festa se celebrava na igreja da Madre de Deus; N. Sra. da Conceição (por via de D. João IV em Portugal) e Catarina de Sena.
O documento é de 1647 e refere-se a uma reunião dos oficiais do Senado que "acordaram que no dia em que se fizesse a festa de cada um dos ditos Padroeiros (de Macau), convém a saber: — a Virgem N. Senhora da Conceição, o glorioso S. João Baptista, S. Francisco Xavier e S. Catarina de Sena, os oficiais que naquele ano servirem de juízes, Vereadores, Procurador da Cidade e Escrivão da Câmara se confessem e comunguem na igreja em que se fizer a festa de cada um dos ditos Padroeiros".
O documento é de 1647 e refere-se a uma reunião dos oficiais do Senado que "acordaram que no dia em que se fizesse a festa de cada um dos ditos Padroeiros (de Macau), convém a saber: — a Virgem N. Senhora da Conceição, o glorioso S. João Baptista, S. Francisco Xavier e S. Catarina de Sena, os oficiais que naquele ano servirem de juízes, Vereadores, Procurador da Cidade e Escrivão da Câmara se confessem e comunguem na igreja em que se fizer a festa de cada um dos ditos Padroeiros".
Para hoje, refiro-me apenas a S. João Baptista explicando que que as tropas holandesas foram vencidas quando tentavam invadir o território a 24 de Junho de 1622.
Monsenhor publicou um artigo sobre o tema na década de 1980 e do qual recordo...
"Após a vitória de 1622, atribuída à protecção de S. João Baptista, o Senado fez o voto de mandar celebrar a festa do santo e assistir a ela em corpo gesto. No «Boletim do Governo de Macau, Timor e Solor» de 28 de Junho de 1851, p. 102, escreve Carlos José Caldeira acerca deste voto: «Procuramos em vão achar no archivo do Senado o termo original que se lavrou daquelle voto, e que ainda existia em 1782, segundo o testemunho do author da relação a que nos referimos; nem delle encontramos copia: mas no mesmo Senado existe uma antiga taboleta, onde se lê o seguinte: A 23 e 24 de Junho Véspera e Dia de S. João Baptista – tem obrigação o Leal Senado ir na Véspera, e Dia do Ditto Santo com a capa e volta a Missa Solemne na Sé Cathedral, como também às Vésperas.
Monsenhor publicou um artigo sobre o tema na década de 1980 e do qual recordo...
"Após a vitória de 1622, atribuída à protecção de S. João Baptista, o Senado fez o voto de mandar celebrar a festa do santo e assistir a ela em corpo gesto. No «Boletim do Governo de Macau, Timor e Solor» de 28 de Junho de 1851, p. 102, escreve Carlos José Caldeira acerca deste voto: «Procuramos em vão achar no archivo do Senado o termo original que se lavrou daquelle voto, e que ainda existia em 1782, segundo o testemunho do author da relação a que nos referimos; nem delle encontramos copia: mas no mesmo Senado existe uma antiga taboleta, onde se lê o seguinte: A 23 e 24 de Junho Véspera e Dia de S. João Baptista – tem obrigação o Leal Senado ir na Véspera, e Dia do Ditto Santo com a capa e volta a Missa Solemne na Sé Cathedral, como também às Vésperas.
Foi
instituída esta Festa por um votto que o Senado fez por Termo na Caza da Câmara, junta em Conselho no ano de 1622. Isto em reconhecimento
da distincta mercê, que Deos Nosso Senhor foi servido fazer a esta
Cidade, nestes dois dias, em aliviar das Tropas Hollandezas, que na
Praia de Cassilhas desembarcaram de bordo de treze (13) Nãos, de que os
Moradores alcançaram Victoria no Campo de Moha, que pertenderam
senhoriar com 800 soldados».
No
plano junto da Guia, levantou-se uma cruz para comemorar a vitória e
ali se dizia uma missa anual, chamada a Missa da Vitória. O Senado dava 5
patacas de esmolas e a ela assistiam muitos moradores e famílias, indo
as crianças com flores e bandeiras; passavam lá o dia em músicas e
folguedos e uma espécie de arraial. Esse
sítio era outrora conhecido por «Campo dos Arrependidos», passando
depois a chamar-se Campo da Vitória e a seguir Praça da Vitória. Em 1758, a Missa passou a dizer-se na Guia, caindo no esquecimento parece que desde 1844. Mais tarde, passou para a Sé.
A
24 de Junho de 1685, os oficiais do Senado fizeram os voto solene de,
por si e pelos seus sucessores, celebrarem a novena de S. João Baptista
com a mesma pompa da que se celebrou nesse ano de 1685, com o intuito de
confiar esta cidade ao seu protector e de obter por sua intercessão bom
êxito da ida ao Japão da fragata S. Paulo, cuja missão era tratar de
reabrir o Japão ao comércio com Macau."#
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