Na imagem está um telegrama remetido pelo Governador-Geral de Macau para o Ministério da Marinha e Ultramar, datado de 27.09.1887 com a seguinte mensagem: “Não tenho estampilhas que fazer”.
A resposta é dada a dois dias depois e o ministro informa que os selos serão remetidos em 11 de Outubro, e que até à recepção dos selos, tome as providências extraordinárias como em situações análogas.
Segue-se a resposta do Governador-Geral de Macau, Firmino José da Costa, pelo ofício n.º 372 de 5 de Outubro de 1887:
"Confirmando o meu telegrama de 27 de setembro findo e do teor seguinte “Não tenho sellos que fazer”apresso-me a participar a V. Ex.ª que recebi a seguinte resposta: Expedição sellos 11 Outubro. Até sua recepção tome providencias extroordinárias como casos análogos (a) Pelo Ministro – Pelo Director Correios – O Inspector Geral Correios – Alfredo Pereira.
A não se julgarem menos sãs as minhas faculdades intellectuaes, eu não encontro explicação ao conselho que naquele telegramma se me dá.
Nunca houve casos análogos a providenciar e, se os tivesse havido V. Ex.ª far-me-á a justiça, accreditará que eu não fazia uma pergunta tão inepta quanto desnecessária. A falta de estampilhas dá-se agora, pela primeira vez, e é a sua falta que eu vou remediar.
Permitta-me V. Ex.ª que não creio na veracidade da promettida expedição de estampilhas em 11 de Outubro, por isso que por mais de uma vez se me tem feito promessas idênticas em Officios e telegrammas sem que ainda até hoje mas tenham cumpridas.
Vou auctorizar a transformação de um determinado numero de sellos de verba em estampilhas de correio, e oxalá a remessa agora promettida venha antes de se consumirem os sellos transformados para que não me veja mais tarde impossibilitado de poder prover do remédio, faltos então de todos os meios de franquia."
A resposta é dada a dois dias depois e o ministro informa que os selos serão remetidos em 11 de Outubro, e que até à recepção dos selos, tome as providências extraordinárias como em situações análogas.
Segue-se a resposta do Governador-Geral de Macau, Firmino José da Costa, pelo ofício n.º 372 de 5 de Outubro de 1887:
"Confirmando o meu telegrama de 27 de setembro findo e do teor seguinte “Não tenho sellos que fazer”apresso-me a participar a V. Ex.ª que recebi a seguinte resposta: Expedição sellos 11 Outubro. Até sua recepção tome providencias extroordinárias como casos análogos (a) Pelo Ministro – Pelo Director Correios – O Inspector Geral Correios – Alfredo Pereira.
A não se julgarem menos sãs as minhas faculdades intellectuaes, eu não encontro explicação ao conselho que naquele telegramma se me dá.
Nunca houve casos análogos a providenciar e, se os tivesse havido V. Ex.ª far-me-á a justiça, accreditará que eu não fazia uma pergunta tão inepta quanto desnecessária. A falta de estampilhas dá-se agora, pela primeira vez, e é a sua falta que eu vou remediar.
Permitta-me V. Ex.ª que não creio na veracidade da promettida expedição de estampilhas em 11 de Outubro, por isso que por mais de uma vez se me tem feito promessas idênticas em Officios e telegrammas sem que ainda até hoje mas tenham cumpridas.
Vou auctorizar a transformação de um determinado numero de sellos de verba em estampilhas de correio, e oxalá a remessa agora promettida venha antes de se consumirem os sellos transformados para que não me veja mais tarde impossibilitado de poder prover do remédio, faltos então de todos os meios de franquia."
Na sequência deste episódio o Ministro do Ultramar autorizou a sobrecarga de selos fiscais para serem utilizados no serviço postal de acordo com a Portaria Provincial n.º 133 de 17 de Outubro de 1887.
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