terça-feira, 2 de setembro de 2025

"The Chinnery" no Mandarin Oriental (Hong Kong) desde 1963

Há 200 anos, em 1825, George Chinnery chegava a Macau. Tinha 51 anos e estava no auge da veia artística. Para assinalar a efeméride serão feitas aqui no blog várias publicações sobre aspectos menos conhecidos na vida e obra do pintor inglês que viveu durante 27 anos em Macau.
Nascido em 1774 o inglês George Chinnery partiu para Madras (Índia) em busca de fortuna no ano de 1802 e nunca mais regressaria. Em 1825 sai da Índia rumo a Macau onde viveu até à morte em Maio de 1852, com algumas estadias passageiras em Cantão e Hong Kong. Nos 50 anos que residiu no Oriente produziu algumas das mais belas pinturas da época de locais como a Índia, Hong Kong e Macau, sobretudo Macau.
Na antiga colónia britânica surgiu em 1963 o Hotel Mandarin Oriental, um ícone (26 pisos na época era significativo) e o mais antigo da ilha ainda em funcionamento. Foi também nesse ano que dentro do hotel (1º andar) abriu ao público o clube The Chinnery, em homenagem ao pintor inglês. Começou por ser apenas acessível aos homens (as mulheres só foram admitidas em 1990) e, claro, inclui inúmeras obras da autoria de Chinnery, incluindo um auto-retrato e o retrato de Harriet Low que conviveu com Chinnery em Macau.
Para além do bar, onde se destacam os cocktails e as mais de 100 marcas de Whisky single-malte da Escócia, Japão, Taiwan, Índia, EUA, etc..., tem ainda um restaurante onde imperam pratos indianos e ingleses.
Curiosidade: John Howarth da empresa de arquitectura Leigh & Orange foi o autor do projecto do hotel. Um dos sócios da empresa foi James Orange, no seu tempo o maior coleccionador privado de obras da autoria de Chinnery, a par do seu amigo Paul Catchick Chater (1846-1926). 

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