Ao longo do século 19 e até à primeira metade do séc. 20 as chamadas potências coloniais europeias realizaram as chamadas "exposições coloniais".
Enquanto meio de propaganda serviram para 'exibir' nas então denominadas metrópoles a dimensão do império.
O objectivo era mostrar as diferentes facetas das respectivas colónias recriando os ambientes naturais, sociais e monumentos de pontos remotos em África, Ásia e Oceânia.
A edição de 1931 realizou-se na cidade de Vincennes, junto a Paris, entre Maio e Novembro - Exposition coloniale internationale et des Pays d'Outre-Mer.
Henrique Galvão (1895-1970), responsável pelo certame do Porto em 1934 esteve em Paris em 1931 como representante de Portugal. A experiência adquirida seria usada depois na Exposição do Mundo Português em 1940, onde Galvão foi o responsável pela secção colonial.
A relação singular como Brasil e Macau como o primeiro entreposto comercial europeu no continente asiático eram os grandes 'trunfos' de Portugal no evento.
De acordo com a "Carta Orgânica" (de 1933 e respectiva alteração em 1937), o "império" português dividia-se "para efeitos administrativos", em "oito colónias" que eram "parte integrante da Nação: Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Estado da Índia (Goa, Damão e Diu), Macau e Timor.
A representação de Macau em Paris foi incluída, à semelhanças de outras colónias portuguesas, no Pavilhão de Portugal. (em cima o cartaz oficial da representação oficial portuguesa). Dois anos antes, em 1929, Macau teve direito a pavilhão próprio na Exposição Ibero-Americana de Sevilha.
Curiosidade:
No Livro de Ouro das Colónias, editado em 1931 pelo Comissariado da Exposição Internacional de Paris, está incluída uma "Descrição de Macau".
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