Bilhete-postal dirigido a "José Botelho de Carvalho Araújo, guarda-marinha a bordo do Cruzador Adamastor em Macau". O carimbo dos correios de Macau é de 6 de Março de 1905 tendo a carta saído de Lisboa a 30 de Janeiro desse ano.
O posto de guarda-marinha foi criado em 1761 e destinava-se aos jovens que assentavam praça a bordo de uma embarcação de Guerra para receberem formação com o objectivo de se tornarem oficiais da Marinha Portuguesa. Desconheço se sera o caso, mas também poderia ser oriundo da Escola Naval e, a ser assim, este era o primeiro posto da sub-categoria de oficiais.
O posto de guarda-marinha foi criado em 1761 e destinava-se aos jovens que assentavam praça a bordo de uma embarcação de Guerra para receberem formação com o objectivo de se tornarem oficiais da Marinha Portuguesa. Desconheço se sera o caso, mas também poderia ser oriundo da Escola Naval e, a ser assim, este era o primeiro posto da sub-categoria de oficiais.
O cruzador Adamastor foi construído nos Estaleiros Navais de Livorno (Itália) em 1896 e financiado pelas receitas provenientes de uma subscrição pública organizada como resposta portuguesa ao ultimato britânico de 1890. Teve como primeiro comandante o Capitão de Mar-e-Guerra Ferreira do Amaral (filho do governador de Macau, João Maria Ferreira do Amaral) chegando às águas do Tejo em Agosto de 1897.
O Adamastor desempenhou um papel importante no golpe de 5 de Outubro de 1910, que levou à implantação da República Portuguesa, sendo responsável pelo bombardeamento do Palácio Real das Necessidades.
Durante os 36 anos que esteve no activo percorreu em missões de soberania quase todos os territórios ultramarinos portugueses, desde Angola a Timor, incluindo Macau; fez várias visitas oficiais a países estrangeiros, como o Brasil ou o Japão; e na Primeira Guerra Mundial, fez parte de operações militares contra os alemães, no norte de Moçambique.
A 6 de Novembro de 1922 o Adamastor foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Em 1934 foi desactivado e vendido à Firma F. A. Ramos & Cª.
A 6 de Novembro de 1922 o Adamastor foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Em 1934 foi desactivado e vendido à Firma F. A. Ramos & Cª.
Missões do "Adamastor" em Macau (partida e chegadas a Lisboa):
1.ª - Outubro 1899 a Junho 1901
Missão repartida pela Divisão Naval do Índico e pela Estação Naval de Macau.
Missão repartida pela Divisão Naval do Índico e pela Estação Naval de Macau.
2.ª - Novembro 1903 a Agosto 1905
Chega a Macau em Março de 1904 partindo em Agosto para Shangai onde permanece vários meses.
Chega a Macau em Março de 1904 partindo em Agosto para Shangai onde permanece vários meses.
3.ª - Outubro 1912 a Outubro 1913
Além de Macau escala Xangai e outros portos da China; durante esta missão sofreu um acidente, 11 de Maio de 1913, ao sair do porto de Hong Kong; em meados de 1913, o então capitão de fragata, João de Canto e Castro (1862 -1934) (futuro Presidente da República, que sucede a Sidónio Pais) recebe a missão de se deslocar a Macau para aí assumir o comando do cruzador português Adamastor.
Além de Macau escala Xangai e outros portos da China; durante esta missão sofreu um acidente, 11 de Maio de 1913, ao sair do porto de Hong Kong; em meados de 1913, o então capitão de fragata, João de Canto e Castro (1862 -1934) (futuro Presidente da República, que sucede a Sidónio Pais) recebe a missão de se deslocar a Macau para aí assumir o comando do cruzador português Adamastor.
4.ª - 1926 a Abril 1928
Em Julho de 1926 chega a Xangai a fim de defender as concessões internacionais e render ao mesmo tempo o cruzador “República”.
Em Julho de 1926 chega a Xangai a fim de defender as concessões internacionais e render ao mesmo tempo o cruzador “República”.
5.ª - Setembro 1929 a Julho 1933
Escala Macau de onde parte a 8 de Fevereiro de 1932, com destino a Xangai e dali em viagem diplomática para Japão. Volta a Xangai para protecção da comunidade portuguesa em virtude do início da guerra sino-nipónica; a 15 de Outubro de 1931, parte para Lisboa, levando o Governador de Macau, capitão de Fragata Joaquim Anselmo da Matta e Oliveira; fundeado em Macau em 1932 é reclassificado como aviso de 2.ª classe. Devido ao vançado estado de degradação é decidido o abate em Lisboa. Larga de Macau em Março de 1933 chegando a Lisboa em Julho depois de uma atribulada viagem em que é obrigado a diversas paragens por sucessivas avarias.
Escala Macau de onde parte a 8 de Fevereiro de 1932, com destino a Xangai e dali em viagem diplomática para Japão. Volta a Xangai para protecção da comunidade portuguesa em virtude do início da guerra sino-nipónica; a 15 de Outubro de 1931, parte para Lisboa, levando o Governador de Macau, capitão de Fragata Joaquim Anselmo da Matta e Oliveira; fundeado em Macau em 1932 é reclassificado como aviso de 2.ª classe. Devido ao vançado estado de degradação é decidido o abate em Lisboa. Larga de Macau em Março de 1933 chegando a Lisboa em Julho depois de uma atribulada viagem em que é obrigado a diversas paragens por sucessivas avarias.
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