"Foi o primeiro que luziu nas costas da China. Acendeu-se pela primeira vez a 24 de Setembro de 1865. Foi construído sob a direcção do governador José Rodrigues Coelho do Amaral, sendo um hábil macaense, Carlos Vicente da Rocha, o autor do seu engenhoso maquinismo, que funcionava com um candeeiro de petróleo. A construção foi custeada pela comunidade estrangeira de Macau, tendo à testa o comerciante H. D. Margesson, que tinha a sua firma na Rua Central, n.° 17. Tão curioso era o modelo desse farol que o seu autor o enviou para Lisboa, onde se conservou muito tempo na Sala do Risco do Ministério da Marinha até que um incêndio o devorou. (...)"
Manuel Teixeira: "Toponímia de Macau".De acordo com um registo de 1865 era assim o farol:
O pharol está na latitude de 22° ÍV N., e na longitude de 113° 33 E, de Greenwich. A elevação da luz é de 101,5 metros acima do nivel do mar, nas mais altas marés de tempo calmo.
A torre do pharol mede 13,5 metros da base à cupola, tem a forma octogonal e é pintada de branco. A lanterna é vermelha.
A luz é branca e rotatória, fazendo um giro completo em 64″ de tempo.
Pode ser vista a vinte milhas, em tempo claro."
Com o tufão de 1874 sofreu graves danos tendo de ser reconstruído o que levaria vários anos.
Só a 29 de Junho de 1910, o antigo farol cedeu lugar a outro, de aparelhagem moderna (de rotação), importado de Paris.
Dois postais: a mesma imagem
Curiosidade: Na primeira Exposição Colonial Portuguesa, realizada no Porto em 1934, foi construída uma réplica do farol visitada na altura pelo Presidente do Conselho, Oliveira Salazar (na foto).
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