Década 1950
Vista de cima a Fortaleza do Monte em Macau é uma estrutura militar em forma de trapézio irregular (quadrilátero com dois lados paralelos). Tem 11 esquinas. Concebida pelos jesuítas para defender a cidade, foi a primeira 'casa' do governador, prisão e depósito militar (seria desmilitarizada em 1976) e ainda albergou os serviços de meteorologia antes da actual função, a de museu. Mapa de 1637 onde é bem visível a Fortaleza do Monte e a sua localização estratégica |
Tem várias particularidades mas uma delas destaca-se sobre as demais: os canhões apontam apenas na direcção do mar. Ou seja, não há artilharia apontada para a China continental. A presença portuguesa em Macau, ao contrário de outros pontos da expansão marítima europeia, foi sempre negociada e definida pela capacidade diplomática e não pela potência dos canhões. Curiosamente, o autor dos canhões, Manuel Tavares Bocarro, que chegou a Macau em 1625, vindo de Goa, também não construíu só canhões, fundiu, por exemplo, sinos de igrejas.
a fortaleza em imagens do séc. 19 (em cima o interior)
Construída entre 1617 e 1626, esta fortaleza, com uma superfície de cerca 2000 m2, tem a forma de um quadrilátero irregular, com bastiões em cada um dos cantos. No seu interior havia aquartelamentos, cisternas e armazéns capazes de resistir a um cerco de dois anos. Foi construída pelos Jesuítas de Chunambo sobre fundações de granito, com casernas de tijolo e suportes para canhões, sendo parte de um complexo que integrava o colégio e a Igreja de S. Paulo. O complexo do Monte não voltou a ser reparado depois que deixou de servir de residência do governador e que os jesuítas foram expulsos de Macau em 1762. Em 1831, os colégio dos jesuítas foi transformado em quartel e em 1835 um incêndio iniciado na cozinha destruiu os edifícios dentro do forte, o colégio e a igreja, excepto as paredas laterais, que foram ruindo e a grande fachada de pedra que ainda hoje se mantém.
Na década de 1870 muitos (todos?) dos canhões de Bocarro forma vendidos para sucata. No século 20 acentuou-se o uso da fortaleza para fins militares: albergou diversos contingentes, foi degredo (prisão) e serviu ainda de depósito de material de guerra. Em meados do século passado o único edifício existente pertenceu aos serviços de meteorologia que ali funcionaram durante vários anos até que em 1996 o governo decidiu instalar no forte o Museu de Macau.
Na década de 1870 muitos (todos?) dos canhões de Bocarro forma vendidos para sucata. No século 20 acentuou-se o uso da fortaleza para fins militares: albergou diversos contingentes, foi degredo (prisão) e serviu ainda de depósito de material de guerra. Em meados do século passado o único edifício existente pertenceu aos serviços de meteorologia que ali funcionaram durante vários anos até que em 1996 o governo decidiu instalar no forte o Museu de Macau.
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