No dia 5 de Novembro é apresentado em Portugal - Delegação Económica e Comercial de Macau - o livro “A Presença Inglesa e as relações Anglo-Portuguesas em Macau (1635-1793)” ed. CCCM / CHAM, 2009, que pode ser descrito como a primeira história da presença inglesa em Macau.
O livro já antes foi dado a conhecer em Macau, onde o autor viveu até há cerca de um ano. Rogério Miguel Puga é doutorado em Estudos Anglo-Portugueses, investigador auxiliar do Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Porto), e colaborador do Centro de História de Além-Mar (FCSH, Universidade Nova) e do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa). Foi professor auxiliar do Departamento de História da Universidade de Macau (2007-2009), onde é investigador convidado. É também um dos dinamizadores do blogue Macaulogia: Fórum de Estudos sobre Macau.
O livro já antes foi dado a conhecer em Macau, onde o autor viveu até há cerca de um ano. Rogério Miguel Puga é doutorado em Estudos Anglo-Portugueses, investigador auxiliar do Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Porto), e colaborador do Centro de História de Além-Mar (FCSH, Universidade Nova) e do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa). Foi professor auxiliar do Departamento de História da Universidade de Macau (2007-2009), onde é investigador convidado. É também um dos dinamizadores do blogue Macaulogia: Fórum de Estudos sobre Macau.
Após a fundação da Companhia das Índias, em 1600, a Inglaterra inicia o longo processo de expansão comercial e colonial na Ásia, entrando os objectivos comerciais dos mercadores norte-europeus em confronto com os interesses portugueses no Oceano Índico e no Extremo-Oriente, nomeadamente na China e no Japão. A edilidade local de Macau, sobretudo a partir do fim do comércio com Nagasáqui, tenta, a todo o custo, defender o seu monopólio comercial no Império do Meio.
A partir de 1700 a presença inglesa torna-se permanente no eixo Macau-Cantão, forçando as adminstrações lusas e chinesas a adptarem-se a essa nova realidade, enquanto a economia de Macau se torna gradualmente dependente da presença (indesejada) dos sobrecargas e agentes comerciais ingleses, cujo volume de comércio rapidamente ultrapassa o do trato português. As relações anglo-portuguesas na China Meridional acabam por influenciar a interacção do Senado e do governador de Macau com o mandarinato e forçam os primeiros a defender quer os seus interesses, quer a sobrevivência da cidade em quatro frentes: Goa, Cantão/Pequim, Lisboa e Londres. O presente estudo consiste num historial da presença inglesa inicialmente no Oceano Índico, na senda dos portugueses, e posteriormente no Extremo Oriente, mais especificamente em Macau, entre 1635 e 1793, e ainda no Japão, entre 1613-1623, de onde os ingleses tentam estabelecer, em vão, comércio directo com a China.
Do cruzamento de um amplo conjunto de fontes inglesas, portuguesas e chinesas surge uma imagem multidimensional da presença britânica no enclave luso-chinês durante os séculos XVII e XVIII, cuja marca é ainda hoje visível na paisagem humana da cidade, nomeadamente na Casa Garden, no cemitério e na capela protestante. Os materiais de arquivo estudados permitem, assim, reconstruir quer os primeiros frutos do China trade, as tentativas de estabelecimento da Companhia das Índias na China, em busca de uma “Macau of its own”, e o consequente aumento da influência inglesa em Macau, quer as relações dos sobrecargas da Companhia com as autoridades portuguesas e chinesas sobretudo na segunda metade do século XVIII, até à data da primeira embaixada inglesa a Pequim, que contribui para a mudança da imagem da China na Europa e da estratégia inglesa no delta do rio das Pérolas.
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