Desde os primórdios e até à década de 1960, o Porto Interior foi a porta marítima de entrada e saída de Macau. Em baixo uma vista parcial de uma mapa da década de 1920/30 onde estão assinaladas a "Ponte dos vapores da carreira de Cantão", a "Ponte da carreira de Cantão" e a "Ponte da Carreira de Hong Kong".
Entre as actuais pontes-cais nºs 12 e 16 ficavam localizadas as "pontes das carreiras dos vapores" que faziam a ligação marítima com Hong Kong e Cantão. A zona era em tempos remotos conhecida por Largo da Caldeira, um topónimo que deixou de existir.
No meio náutico Caldeira é uma "espécie de doca para embarcações pequenas". Ou seja, uma pequena enseada que pode ser vista em mapas antigos - veja-se um exemplo abaixo num documento do século 18.
Existiam várias 'caldeiras' ao longo do Porto Interior, até pequenas praias, e que desapareceram com os aterros feitos ao longo da segunda metade do século 19. Aliás, estes dois postais ilustrados - um a cores e outro a preto e branco, publicados em Hong Kong por M. Sternberg - nos primeiros anos do século 20 já mostram o resultado desses aterros e não as enseadas.
Sendo a zona mais movimentada da cidade era aqui que ficam por exemplo, alguns hotéis e também um restaurante/casa de chá muito conceituado denominado Xing Xiang Cha Lou - 杏香茶樓. É o edifício que está ao centro da imagem acima da década de 1870
Em alguns postais ilustrados desta zona da cidade surge a legenda "Praya of Macao". Foi também neste largo que funcionou durante muitos anos o estúdio de fotografia de Man Fook: ficava no piso superior da primeira arcada do edifício do lado direito.
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