"Integrei, como Alferes Miliciano, a CCAÇ 5040, última força militar expedicionária em Macau, desde Janeiro de 1973 a Setembro de 1974, sedeada no Quartel da Ilha Verde, posteriormente destacado para o Esquadrão de Cavalaria 4, instalado no Quartel da Flora.
Tendo esta Companhia e a destacada para a Ilha de Coloane viajado no Navio 'TIMOR', contudo, o regresso a Lisboa processou-se por via aérea.
Enquanto prestei serviço militar em Macau, adquiri a um Camarada que aí me antecedeu, um pequeno veículo desportivo de origem inglesa, que acabei por recuperar, no caso, um Austin Healey Sprite, com a matrícula M-19-26.
Confrontado com o abreviamento da Comissão militar, na sequência da Revolução de 25 de Abril, vendi o referido veículo, em Setembro de 1974, ao 1º Cabo Silva, originário de Macau e a prestar serviço militar no EC4, situado no Quartel da Flora.
Tendo já pesquisado através da matrícula do veículo, obtive a informação de que o M-19-26 correspondia a uma viatura Toyota, que, entretanto, fora já abatida.
Persistindo alguns indícios de que o meu antigo veículo possa já não existir ou ter saído de Macau, muito lhe agradeço que tente averiguar o seu actual paradeiro."
Luís M.C.V. de Lemos
Fica aqui lançado o desafio para os leitores do blogue que possam ter informações sobre o 'paradeiro' do Austin Healey Sprite M-19-26 para entrarem em contacto.
"O carro tinha vindo a passar de mão-em-mão, conforme as comissões militares se iam sucedendo, mudando de proprietário com frequência. (...)
Como é evidente, o carro tinha muito uso e o motor acabou por dar problemas alguns meses depois. (...) Optei pela reparação nas mãos de mecânico militar experiente, nas horas de folga, tendo as peças sido importadas de Hong Kong. (...)
Como se compreende, o automóvel não ficou novo, mas ganhou uma nova vida! (...)
Tratava-se de um exemplar de 1959, importado de Inglaterra e hoje lamento não o ter conservado em meu poder.
Com efeito, as sensações de condução que proporcionava faziam-nos esquecer os modestos 948 cc do seu motor, não obstante os dois carburadores que o equipavam."
PS: na grelha frontal parece-me estar o símbolo do ACP.
Conheci o alferes lemos. A outra companhia que ele menciona em Coloane, era a C. Caç 4940, comandada pelo capitão miliciano Henrique Meira Ribeiro Dias, criatura que não me deixa saudades nenhumas, antes pelo contrário.
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