quinta-feira, 25 de junho de 2009

Década de 1970

Hotel Lisboa pouco depois da inauguração que ocorreu em 1970
Guia Zona de aterros do Porto Exterior: guia e ao fundo, à direita, o casino Jai Alai
Acesso ao Quartel de S. Francisco

Militares em 1964


Outubro de 1964: desembarque de tropas portuguesas na Ponte 12 do Porto Interior.
António Cambeta, autor destas fotografias e protagonista das mesmas explica. "Defronte da Ponte 12 aguardando seguir para a Ponte 8 afim de seguir para a Ilha da Taipa, numa lancha de desembarque dos Serviços de Marinha. Para a Taipa como Comandante Militar, nome pomposo, mas tinha somente sobre as minhas ordens 10 militares. E o quartel era divido com o Centro de Recuperação Social, onde hoje se encontram as instalações, dormitórios dos estudantes. Velhos tempos!..."

 

Portas do Cerco

Foto bastante antiga. Existem centenas de imagens das Portas do Cerco mas em muito poucas se vêm aqueles muros dos lados direito e esquerdo da 'porta'.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Museu Luís de Camões

Década de 1970
Ao fundo, a Casa Garden onde funcionou o museu

Comendador Lourenço Marques

O jardim Luís de Camões é um dos mais antigos de Macau. Esta elevação, colina de Patane, fazia parte no século XVIII, dos terrenos da casa ocupada pelo administrador da "British East India Company". Os ingleses saíram em 1835 e a propriedade voltou a ser administrada pela família do Conselheiro Manuel Pereira. O seu genro, Comendador Lourenço Marques, mandou colocar um busto do poeta no jardim, fortalecendo a tradição já existente que afirmava ter sido Luís de Camões um dos primeiros moradores de Macau, que, nos penedos deste local, teria escrito parte do poema épico Os Lusíadas. O actual busto em bronze, foi inaugurado em 1866. A Gruta foi comprada pelo governo de Macau em 1885.
A Casa Garden foi propriedade do “abastado negociante” Manuel Pereira e o seu genro, o fidalgo e comendador Lourenço Marques, à época proprietário do prédio, “resolveu cedê-lo ao Estado por 30 mil patacas” - transacção feita em 1885, durante o Governo de Tomás Rosa.
Ainda recentemente os herdeiros do comendador vieram dizer que o que foi vendido foi o jardim e a gruta e não a Casa Garden. Uma polémica que promete e está nos tribunais.
Voltando atrás, há um diploma legislativo, datado de 1958, em que o Governo determina a transferência do Museu Luís de Camões para o Leal Senado e “autorizou o seu representado [a antiga Câmara] a registar em seu nome a propriedade do edifício”. Desde essa data, lê-se na escritura, “é do conhecimento geral” que o prédio e área adjacente “passaram para a posse executiva, pacífica e contínua do seu representante que, desde então, nele tem praticado os mais diversos actos de proprietário”. Contudo, o prédio nunca tinha sido descrito na Conservatória nem nunca tinha sido efectuada a inscrição da propriedade a favor de ninguém até 1989... ano em que é adquirido pela Fundação Oriente.
Segundo os herdeiros: “A família perdeu o prédio, o Leal Senado ficou prejudicado com a venda e Macau perdeu um museu”.

Rua Nova de El-Rei

Com a implantação da República em Portugal, a 5 de Outubro de 1910, a Rua Nova de El-Rei passou a chamar-se Rua de Cinco de Outubro.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Companhias Indígenas

1953: rendição (substituição de uma por outra) das Companhias Indígenas de Moçambique que prestavam serviço militar em Macau. Eram geralmente praças... ou os também denominados "pessoal menor".
A imagem é do transbordo em Hong Kong. Devido ao elevado calado dos navios que transportavam os militares (como o Niassa) este terminavam a viagem em Hong Kong, sendo os militares transportados par Macau em embarcações que ficaram famosas como o Tay Loy, Fat Shan (na imagem) e Tha Shing. A viagem nas décadas de 1950-60 durava cerca de 4 horas.
Niassa: Navio misto (carga e passageiros), de 1 hélice, construído em 1955, na Bélgica, registado no Porto de Lisboa, e abatido em 1979; com 151 metros de comprimento, tinha arqueação bruta de c. 10.700 toneladas, uma potência de 6.800 cavalos e uma velocidade normal de 16,2 nós; alojamentos: 22 em primeira classe, e 300 em classe turística, num total de 322 passageiros. Conta-se que quando transportava tropas, a lotação quadruplicava! O nº de tripulantes era de 132. Armador: Companhia Nacional de Navegação a quem o Estado requisitou para o transporte de tropas.
Os DL 41 559 e 41 577, aprovados no início de 1958, alteram a organização militar do império. Os quadros e efectivos são muito aumentados e as forças ultramarinas deixam de ter como objectivo reforçar a metrópole em caso de guerra, como era a anterior filosofia.
Este novo conceito permite que as unidades militares das colónias sejam dispersas e deixem de estar concentradas nas capitais. É também previsto o envio de forças expedicionárias ou quadros para o ultramar, em períodos de serviço de três anos.
No Estado da Índia, em Macau e em Timor não se altera nada, mantendo-se o contingente militar, "não havendo preocupações de momento com Cabo Verde e São Tomé".

Algumas marcas da presença militar portuguesa

Combate aos piratas em Coloane no ano de 1910
Quartel General na Praia Grande, ca. de 1950.
Alguns anos mais tarde foi transformado em Messe de Sargentos
Fortaleza da Taipa em 1947
Desfile de tropas no 10 de Junho de 1955
ilustração do Combate do Passaleão em 1849
Casa da Guarda na Gruta de Camões (Casa Garden) convertida em Depósito de Material de Guerra, passando depois a albergar o Museu Camões e mais tarde a Fundação Oriente
Símbolo do Pelotão da Polícia Militar nº 2027, cuja comissão decorreu entre 1968 e 1970


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Comando Territorial Independente


Lista dos Comandantes Militares de 1949 a 1975

A 30 de Dezembro de 1975, a sequência do 25 de Abril em Portugal, assiste-se à retirada da guarnição militar portuguesa de Macau, com a extinção do Comando Territorial Independente de Macau (CTIM). As cerimónias realizaram-se no Quartel de S. Francisco (ver imagens) onde entretanto foi criado um museu com toda a memorabilia militar... reunida ao longo dos séculos.
Com o fim da presença militar portuguesa no Território são criadas as Forças de Segurança de Macau (FSM). Muitos militares transitaram para estas FSM que integram PSP, Judiciária, Polícia Marítima, Bombeiros, etc.
Em 1976 é publicado um dos livros essenciais para compreender a historia do Território. Intitula-se "Os Militares em Macau" e foi escrito pelo Monsenhor Manuel Teixeira.

"Estudando o passado, compreendemos o presente e conhecemos o futuro"...

... este provérbio da sabedoria popular chinesa resume a essência deste blog.
Quase 2500 imagens, perto de 700 posts, 3 meses de existência e quase 30 mil visitantes.

domingo, 21 de junho de 2009

Palacete Santa Sancha... curiosidade


O palacete de Santa Sancha era inicialmente uma chácara ou chalets ou villa... antes de se tornar a residência oficial do Governador. As chácaras/vilas/chalets... eram estes os nomes associados as residências de fim-de-semana dos mais abastados.
A chácara de Santa Sancha pertenceu a William Herbert Schelley Dent que a vendeu ao Governo de Macau a 28 de Junho de 1923 por 32 500,00 patacas.

Hotel Bela/Boa Vista







Em 1978 o Monsenhor Manuel Teixeira escreve este livro sobre o Hotel Bela Vista em versão bilingue, inglês e português. As fotografias são assinadas por J. Rodrigues.
Noutro post já contei um pouco da história deste edifício construído no final do século XIX. Seria registado como hotel sob o nome Boa Vista em 1900. Terá mudado de nome (para Bela Vista) depois da 2ª guerra, mas nem o monsenhor encontrou os registos. Em seu redor estão as provas das origens: existem a rua e o páteo da Boa Vista... e não da Bela Vista.