terça-feira, 30 de julho de 2019

1.5 milhões de pageviews

No 10º ano de actividade o blogue Macau Antigo atingiu a marca dos 1,5 milhões de pageviews, consolidando-se como uma referência de consulta na internet sobre temas relacionados com a história de Macau.
Criado em Novembro de 2008 o projecto tem uma média mensal de 15 mil leitores oriundos sobretudo de Portugal, Macau, Brasil, Rússia, Alemanha, Hong Kong, China, França, Itália, Canadá e Austrália, de acordo com os dados estatísticos da plataforma blogger.
Até agora já foram publicados mais de 4 mil posts sendo o maior acervo documental online sobre a história de Macau.
Década 1960: vista parcial da Praia Grande junto ao Palácio do Governo
Macau Antigo: Blog about old Macau gets over 1.5 million visits
Created in 2008 Macau Antigo blog has reached more than 1,5 million visits. The site has an average of 15.000 visits per month, with the majority number of readers coming from Portugal, Macau, Brazil, Russia, Germany, Hong Kong, China, France, Italy, Canadá and Australia. So far more than 4,000 posts were published.

Pintura final séc. 18 :vista da Praia Grande a partir do Convento de S. Francisco
 Da esquerda para a direita: Penha, Seminário e Igreja S. José, Igreja Sto. Agostinho, Sé, Igreja Mater Dei (vulgo S. Paulo) e Fortaleza do Monte.

Cena de rua: década 1960

segunda-feira, 29 de julho de 2019

"Santa Cruz" em 1929



Este "Santa Cruz" foi o primeiro a cruzar o Atlântico, com o tenente Sacadura Cabral e o almirante Gago Coutinho em 1922. Em 1927 chegou a Macau ano em que foi criado o Centro de Aviação Naval de Macau numa hidrobase instalada na ilha da Taipa em 1927 para apoio às forças navais que combatiam a pirataria nos mares da China. O centro foi desactivado em 1933 mas foi novamente activado em 1937, por ocasião das guerras civis chinesas. Em 1940 foram construídas novas instalações no Porto Exterior de Macau, sendo para aí transferido o centro. Em 1942 foi definitivamente desactivado.
Em 1929, por exemplo, ano das imagens, fez ligações a Hong Kong (a primeira imagem). O "Santa Cruz" chegou a Macau com outros dois aparelhos (Fairey), um deles tinha o nº 20. Foi a bordo destes aparelhos que se conseguiram imagens aéreas de Macau como esta da zona do Tap Seac.

sábado, 27 de julho de 2019

Aviso trilingue

Aviso trilingue colocado junto à fábrica de panchões Kwong Hing Tai na década 1950. 
Foto de Harrison Forman.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Porto Interior no Archivo Pittoresco de 1864

“Ahi fica estampada a vista da parte ocidental da cidade de Macau e o seu ancoradoiro ou porto interior, formado pelas águas de um braço do grande rio de Cantão. É aqui o centro commercial da cidade, como a parte oriental, que estampamos a pag. 345 d´este volume, se pôde chamar o centro official administrativo, mais propriamente cidadão. 
Porto Interior: ilustração do século 19
Estamos a contemplalo das alturas da Penha. Ao longe, à direita , na altura em que se divisa um confuso arvoredo, é a quinta da Gruta de Camões, propriedade do comendador Lourenço Marques. As montanhas que se elevam ao fundo, à continuação da península em que Macau assenta, são da comarca de Anção ou Hiamxan, da ilha Ngão-men, a maior das que povôam o grande golpho em que desagua o rio Cantão. É ahi, sobre a esquerda, que está situada a povoação chin da Casa Branca. A primeira praia à esquerda (passando a fortaleza e pagode da barra, que ficam áquem do que descobrimos) é a chamada Manduco. Segue-se-lhe a Praia Pequena, adjacente à qual está a povoação chiN chamada do Bazar, quasi na sua totalidade reconstruída por um plano regular, depois do grande incêndio que, em 1856, lhe devorou umas mil casas grandes e pequenas. Segue-se-lhe a praia do Tarrafeiro, que é a última, na baixa ao poente da quinta da Gruta de Camões. A pequena ilha, que a pouca distancia se vê no meio do rio, é a ilha Verde, até 1762 propriedade dos jesuítas, de então até 1828 de particulares, e desde 1828 do collegio de S. José de Macau, hoje seminario diocesano. 
A parte de outra ilha, que apparece à esquerda da estampa, demarcando o ancoradoiro por este lado, é a ilha que antigamente chamávamos dos Padres, pelas estancias que os das ordens religiosas ahi tiveram, fronteiras à cidade; ilha a que agora chamâmos da Lapa, e os chins Toi-miu-shan, em vulgar Panthera. Na praia que d´ella avistámos, e na sua continuação para barra, tivemos até princípio do seculo XVIII as estancias da Lapa, da Ribeirinha e da Ribeira Grande; e ao sair da barra as da ilha do Bugio e de Oitem. A historia de cada parte d´este territorio, que nos pertenceu ou pertence, interessando particularmente aos portuguezes, pôde ainda assim ser para todos fonte de grandes e aproveitaveis lições. Reservâmola para artigo especial."
Excerto de artigo da autoria de José de Torres publicado no Archivo Pittoresco de 1864.
Porto Interior numa gravura holandesa do séc. XVII

quinta-feira, 25 de julho de 2019

"Língua de Macau: o que foi e o que é"


"Língua de Macau: o que foi e o que é" é um pequeno livro de 62 páginas da autoria de Graciete Nogueira Batalha (1925-1992). Edição: Imprensa Nacional de Macau, 1974

Trata-se de uma reedição actualizada da série de artigos publicados originalmente no jornal "Notícias de Macau" entre 25 de Maio e 24 Agosto de 1958.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

A sobrecarga "República"

Foram várias as emissões filatélicas de Macau que foram 'sobrecarregadas' com a marca "República". As emissões do chamado "antigo padrão" eram: do Tipo D. Luís e D. Carlos. Na prática eram selos emitidos antes da implantação da República (1910) e que para poderem continuar em circulação teve de se encontrar uma solução adequada ao novo regime político. 
Nestas especificidades locais há ainda o facto curioso de se poder ver - imagem abaixo - um selo de valor facial de 10 réis (azul), da emissão de D. Carlos tipo «Mouchon», com sobrecarga "República" e que nunca che
gou a ser referido nos catálogos em Portugal por durante muito tempo se acreditar que se tratava de uma falsificação.


1911 a 1913 - Série completa D. Carlos com sobrecarga "República" 

terça-feira, 23 de julho de 2019

Hydrofoil "Flying Skimmer"

Neste post destaco o hydrofoil (hidroplanador) "Flying Skimmer"  da empresa "Hong Kong Macao Hydrofoil Co. Ltd" numa viagem entre Hong Kong e Macau em 1976. Quando surgiram no início da década de 1960 tinham nomes como Flying Phoenix, Flying Kingfisher, Guia, Coloane, Flying Dragon, etc. 
O preço do bilhete era 28 patacas
Aspecto do interior
"Flying Skimmer"

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Dois carvalhos entrelaçados

Num dos inúmeros textos que escreveu sobre o território no início do século 20, Manuel da Silva Mendes (1867-1931) faz referência a dois carvalhos entrelaçados que por certo são os que existiram no templo de Kun Iam Tong
Estas árvores estão associadas a uma lenda de que já dei conta num outro post e que pode ser lida aquiMas voltemos a Silva Mendes que escreve assim: “Dois esplêndidos exemplares da fauna local, arte da natureza em compita com a do edifício de obra humana. Valem apenas esses dois augustos robles uma visita; e se a natureza ali os pôs para abater o artístico orgulho do homem, é a lição edificante.”
Apesar de densamente povoado o território tem milhares de árvores (eram 8 mil no início do século XXI) nos quase 20 espaços verdes, entre parques e jardins. Um dos 'pulmões' de Macau fica na colina da Guia onde abundam os pinheiros da China (pinus massoniana), as figueiras altas (ficus altíssima) e as árvores de pagode.
Sugestão de leitura: Árvores de Macau, da autoria de Wang Zhu Hao, Edição:Câmara Municipal das Ilhas, 1997. 

domingo, 21 de julho de 2019

Royal Enfield model G

Uma Royal Enfield (motor 350 cc) modelo G em Macau com a matrícula M13 no final da década de 1940 e que na altura rivalizava com marcas como a Norton ou a Triumph. 
A marca britânica surgiu no final do século XIX e tal como muitas outras começou por se dedicar ao fabrico de material de guerra.

sábado, 20 de julho de 2019

Praia Grande nas emissões numismáticas

As paisagens de Macau foram motivo de ilustração de diversas emissões numismáticas do BNU de Macau. Para este post escolhi dois exemplos de diferentes épocas da baía da Praia Grande.
Em cima, o verso de uma nota de 10 patacas (emissão de 1984) coma reprodução de uma ilustração de Peter Bernhard Wilhelm Heine (1827-1885) da Praia Grande ca. 1860. Em baixo a baía da Praia Grande num emissão de 2003.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

"Macao" (1952): anúncios, folhetos, cartazes e posters


Envolvido em polémicas desde o início da rodagem (teve dois realizadores Josef von Sternberg e Nicholas Ray... só para dar um exemplo), o filme "Macao" foi muito provavelmente dos que mais projectou o nome do território além fronteiras na primeira metade do século 20, embora na época tenha sido considerado um fiasco em termos de crítica e de receitas de bilheteira.

Jane Russell e Robert Mitchum, as maiores estrelas de Hollywood na época, são os protagonistas de "Macao".
Poster de grande formato
Poster 
Beleza, exotismo, mistério, perigo, cinismo, identidades trocadas, corrupção, femme fatale, ironia, sedução... são alguns dos ingredientes desta película produzida pelo conceituado Howard Hughes.
Anúncio de imprensa
Folheto distribuído nas bases militares dos EUA 

O filme estreou nos EUA a 11 de Abril de 1952 (Pittsburgh, Pennsilvania). Seguiram-se as estreias nos seguintes países:  Canadá 23 Mai 1952 (Toronto), Itália 28 Maio 1952, Reino Unido 12 Junho 1952 (Londres), França 12 Setembro 1952, Alemana ocidental 26 Setembro 1952, Suécia 13 Outubro 1952, Angola 25 Novembro 1952, Hong Kong 18 Dezembro 1952, Filipinas 30 Dezembro 1952 (Davao), Finalândia 2 Janeiro 1953, Dinamarca, 2 Março 1953, Austrália 17 Abril 1953, Áustria 1 Maio 1953, Uruguai 26 Junho 1953, Argentina 8 Outubro 1953, Espanha 19 Maio 1955.
As várias traduções do nome do filme consoante o país onde foi exibido.
Nos países de língua francesa; "La Cité ardente" onde também teve a tradução "Macao - Le paradis des mauvais garçons"

 Poster para Inglaterra


Título para o mercado italiano "L'Avventuriero di Macao"

"Peligrosa Aventura": título no México