Pelotão de Polícia Militar 38 (41 militares)
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Saída para Macau: 17 de julho de 1962, no navio Niassa.
Serviço Postal Militar: 1003
Regresso a Lisboa: 23 de Outubro de 1964, no navio Índia.
Mobilização: 830 dias.
Ocorrências fatais: 1
O PPM 38 foi a primeira unidade mobilizada para o CTIM.
Cerca de um ano antes da data do embarque já estavam indigitados para viajarem até Macau, mas por falta de transporte só foi possível o embarque a 17 de julho de 1962 (terça). A caminho de Macau escalaram-se os portos de Luanda, Madagáscar, Darwin e Díli.
Desde Lisboa que o PPM 38 adotou, como sua mascote, o “Átila”, um cão de raça Pastor-alemão.
À chegada a Macau, pelas 15h, de 13 de setembro de 1962, o PPM 38 cativou desde logo a atenção da comunidade local pois marchou cerca de 7 quilómetros, desde o cais até ao Quartel General, onde pernoitou.
Outros aquartelamentos utilizados: Fortaleza da Barra, Fortaleza do Monte e Flora.
Destaque-se uma determinação direcionada aos militares do PPM 38 a quem, desde o início da sua presença, era exigido ter o cabelo bem tratado, o uniforme sempre limpo e aprumado e muito rigor no cumprimento das tarefas que lhes eram atribuídas oficialmente, especialmente a fiscalização da circulação automóvel, incluindo a própria viatura do Comandante Militar! (...)
Os elementos do PPM 38 foram sempre muito ativos e aplicados na preparação física para o desempenho da missão, como na prática de atividade desportiva (futebol, ginástica, tiro a chumbo e outras modalidades), e, bem assim, na área social e recreativa: festas de beneficência, de Natal e sessões recreativas.
A aprendizagem de línguas estrangeiras era sempre da responsabilidade e suportada pelos interessados.
Todos os Elementos do PPM 38 foram distinguidos com a Medalha Comemorativa da Expedição a Macau, de harmonia com o despacho ministerial de 2 de abril de 1963.
O regresso a Lisboa começou a 22 de Setembro de 1964 com a saída de Hong Kong do NTT Índia via Canal de Suez, trajeto mais curto e mais rápido.
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Saída para Macau: 5 de Agosto de 1964, no navio Índia.
Serviço Postal Militar: 1063
Regresso a Lisboa: 22 de Junho de 1966, no navio Timor.
Mobilização: 687 dias.
Permanência no território: 596 dias.
O PPM 932 adotou, desde Lisboa e como mascote um canídeo, um pastor-alemão, batizado de “Douro”.
A ida para Macau, com saída de Lisboa naquele dia 5 de agosto, passou-se pelos portos de Luanda, Lourenço Marques, Beira, Nacala, Singapura e Hong Kong, com a chegada ao destino, a 22 de setembro de 1964 (terça), com algum atraso, pois tiveram de superar as dificuldades criadas pelo tufão Ruby, isto em 5 de setembro, que atingiu fortemente as redondezas de Macau. O seu primeiro aquartelamento foi o Quartel General.
Os elementos do Pelotão, para além da preparação a que estavam sujeitos para o desempenho militar, desenvolveram atividade desportiva, como futebol, ciclismo e outras modalidades.
Também alguns aproveitaram para cursar o ciclo preparatório e darem aulas de instrução primária a quem necessitasse, assim como aprender línguas estrangeiras, especialmente o cantonense. (...)
Aos militares era exigido o máximo de rigor na sua apresentação pessoal, especialmente na apresentação pessoal e no uniforme militar e era muito raro a permissão de vestirem à civil.
O Soldado condutor auto Armando Moura, mais conhecido pelo “Montijo”, exímio guarda-redes, teve o privilégio de ser escolhido, como efetivo, para a seleção amadora da Associação de Futebol de Macau que defrontou a sua congénere de Hong Kong, que alinhou só com jogadores profissionais, em 2 de maio de 1965, no 23º encontro entre si, cujo resultado final foi favorável aos visitantes por 2-1.
No regresso a Lisboa, iniciado a 12 de Maio de 1966, o NTT TIMOR, passou por Díli, onde estiveram por 3 dias, e pelo Canal de Suez, demorando, por isso, 42 dias a chegar a Lisboa.
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Divisa: Ubi bene, ubi patria.
Saída para Macau: 12 de Abril de 1966, no navio Timor.
Serviço Postal Militar: 1093
Regresso a Lisboa: 27 de Julho de 1968, no navio Timor.
Mobilização: 838 dias.
O PPM adotou, já em Macau, uma pequena cadela a quem lhe deram o nome de “Flora”, por ter sido este o seu primeiro aquartelamento.
Os elementos do PPM 1084 desenvolveram franca atividade desportiva e recreativa.
Na parte final do ano de 1966 verificou-se um agudizar do relacionamento com a República Popular da China, que cercou Macau, isto após ter sido violentamente reprimida uma manifestação da comunidade local (estudantes) que acabou de forma trágica, com 8 vítimas mortais, 160 feridos e 45 presos. Salazar deu ordens para que, em caso de confronto com a RPC, a resistência seria até ao último homem! Logo após a situação ter sido apaziguada, o Governador exonerou as chefias militares e policiais, nada acontecendo com o PPM 1084, pois não foi parte activa naquele acto repressivo.
Apesar deste grave incidente o relacionamento dos lanceiros com a comunidade local pautou-se com cortesia e respeito mútuo, ao ponto de os comerciantes continuarem a facilitar o pagamento fracionado das compras efetuadas pelos militares e com preços acessíveis.
No regresso a Lisboa, viagem iniciada 6 de Junho de 1968, foi utilizado o mesmo navio, que passou por Hong Kong, Lourenço Marques e Luanda, demorando, por isso, 52 dias.
Atracou em Lisboa a 27 de Julho de 1968.
PPM 2027 (43 militares)
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Saída para Macau: 16 de abril de 1968, no navio Timor.
Serviço Postal Militar: 1123
Regresso a Lisboa: 10 de Setembro de 1970, no navio Timor.
Mobilização: 887 dias.
Ocorrências fatais: 1
A ida para Macau, com saída de Lisboa, às 12 horas, de 16 de Abril, no NTT TIMOR, que seguiu por Luanda, Lobito, Moçâmedes, Lourenço Marques, Beira, Timor (5 dias) e Hong Kong, demorou 52 dias a chegar ao destino, a 6 de Junho de 1968. Flora foi o primeiro aquartelamento.
O PPM 2027 partilhou a sua presença em Macau com a CPM 2428, desde a sua chegada até ao regresso do PPM, num total de 658 dias.
O PPM 2027 adotou um cão, conhecido pelo “Burro” e uma cadela, raça pastor alemão, a quem batizaram de “Flora” e, mais tarde, o seu filhote, o “Esponja”, que veio a morrer atropelado mas, tão querido que era, fizeram-lhe funeral apropriado e com honras militares, com a respetiva salva de tiros.
Os lanceiros, para além da preparação militar, praticaram atividade desportiva, como futebol, voleibol, futebol de cinco, basquetebol, entre outras modalidades. O custo da lavagem de roupa de um militar do PPM 2027, orçava, mensalmente, em 7 patacas.
Valdemar Elisiário, desenvolveu muitas variantes da área cultural, destacando-se o ensino de ópera aos locais, assim como na rádio, onde tinha tempo de antena no programa do CTI de Macau.
No regresso a Lisboa, viagem iniciada a 24 de Julho de 1970, foi utilizado o mesmo navio, que passou por Timor, Beira, Lourenço Marques e Luanda, demorando 58 dias. Atracou em Lisboa a 19 de Setembro de 1970 (sábado).
CPM 2428 (138 militares)
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Divisa: Lanceiros do Oriente.
Saída para Macau: 12 de Agosto de 1968, no navio Timor.
Serviço Postal Militar: 1143
Publicação editada: Lanceiros do Oriente.
Regresso a Lisboa: 3 de fevereiro de 1971, no navio Timor.
Mobilização: 906 dias.
As viagens tiveram o total de 106 dias a navegar (52 ida+54 volta).
Distinções recebidas: Louvor pelo Governador de Macau a 4 de Março de 1969.
contingente: 138 militares
Saída de Lisboa a 12.08.1968 no NTT TIMOR, que escalou os seguintes portos: Funchal, Luanda, Lobito, Lourenço Marques, Beira, Singapura e Hong Kong. Um tufão atrasou em alguns dias a chegada a Macau, a qual se verificou em 02.10.1968.
A CPM 2428 adotou a divisa “Lanceiros do Oriente" e quando chegou ao destino aquartelou em Mong-Há. Foi a primeira e única Companhia de Polícia Militar que cumpriu a sua missão em Macau. Partilhou a presença no território com dois Pelotões, o PPM 2027, desde o dia da chegada a Macau da CPM até ao regresso do Pelotão, num total de 658 dias, e o PPM 2228, desde quando este chegou até à saída da CPM, convivência que durou 135 dias.
Os seus militares apadrinharam, como mascotes, a cadela “PM”, de cor preta, e o “Apache”, pastor alemão.
Os lanceiros, para além do apuro da condição física e psicológica para enfrentarem os desempenhos militares, praticaram imensa e salutar actividade desportiva, como atletismo, hóquei em patins, futebol, voleibol, atletismo e andebol.
Agostinho Oliveira, Carlos Patrão, Eugénio Mota, Fernando Santos, José Taveira Jesus, Manuel Cardoso e Manuel Sá Silva excelentes jogadores da equipa de futebol da CPM 2428, superiormente orientada pelo Alferes Mário Encarnação, tiveram a honra de serem escolhidos para representarem a seleção de Macau, a qual, no estádio da cidade e no dia 20 de agosto de 1970, defrontou a turma principal do Sport Lisboa e Benfica, recheada de estrelas, sobressaindo Eusébio, Simões, Vitor Martins e companhia. O resultado foi desfavorável aos locais, por 4-0.
A CPM 2428 durante a sua presença em Macau editou, entre 1 de novembro de 1968 e novembro de 1970, 25 números do seu boletim de informação, cultura e recreio “anceiros do Oriente" com o seguinte corpo redatorial: Alferes Carlos Malheiro, editor; Alferes Mário Encarnação, responsável pela rubrica “Lazer dos Soldados”; Alferes Pereira da Silva, “Desporto” e Alferes Rui Coentro, abordava a “A legislação militar em Macau”.
Os tempos livres dos militares poderiam ser ocupados com interessantes distrações, como idas ao cinema, ao teatro, ver e praticar desporto, ouvir música, ler, conversar, ver televisão, passeios, visitas, enfim, um manancial de escolhas que, por vezes, desanuviava a imensa saudade que sentiam dos seus mais próximos.
A unidade também organizou peças de teatro, festas de Natal, assim como sessões de fados, guitarradas e declamação. Na radio teve tempo de antena no programa CTIM70, aos domingos, com uma hora de emissão.
Alguns lanceiros gozavam os seus períodos de merecida licença não só no próprio território, como na Austrália e em Hong Kong.
Num determinado período o relacionamento da comunidade local afeta acerrimamente ao ideólogo chinês de então, com a PM, passou uma fase menos boa, já que da parte daquela população existia uma aversão enorme, indiferença tal que, para não se cruzarem, mudavam de passeio e até, à sua frente, cuspiam para o chão, não merecendo dos militares portugueses qualquer reação.
O Governador de Macau elogiou a CPM 2428, a 4 de Março de 1969 (Ordem de serviço 50, do CTIM), pelo aprumo e disciplina militar demonstrado em todas as cerimónias oficiais onde participa. Em 7 de Dezembro de 1970, volta a referir-se elogiosamente à equipa de futebol da CPM 2428, pela digna atitude que sempre demonstrou nos jogos disputados com as suas congéneres civis.
Alguns militares da CPM 2428 foram, também, distinguidos com louvores.
Regresso a Lisboa a 12.12.1970, no NNT TIMOR, por Hong Kong, Banguecoque, Singapura, com tufão a atrasar a viagem, Lourenço Marques, Luanda e Funchal num total de 3.397 milhas náuticas até à chegada a Lisboa a 03.02.1971.
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Divisa: Sempre prontos!
Saída para Macau: 2 de julho de 1972, no navio Timor.
Serviço Postal Militar: 1183
Regresso a Lisboa: 5 de julho de 1974, no navio Timor.
Mobilização: 734 dias.
Saída de Lisboa a 02.07.1972 no NTT TIMOR, que aportou a Luanda, Porto Elizabeth, Lourenço Marques, Beira, Nacala, Díli e Hong-Kong. Chegada a Macau: 29.08.1972.
O PPM 3124 adotou o “Tablet”, um cão por todos estimado.
Para além da preparação física e instrução militar os lanceiros participavam em diversas cerimónias protocolares, assim com praticavam atividades desportivas com outras unidades, com destaque para o futebol, andebol, basquetebol e atletismo. (...)
Os tempos livres dos militares eram ocupados na praia (Coloane), no cinema ou noutros espetáculos culturais e desportivos, ouvir música ou passear quer em Macau ou Hong Kong.
Regresso a Lisboa a 18.05.1974 no NTT TIMOR, que passou por Singapura, Beira, Lourenço Marques e Luanda. Chegada a Lisboa a 05.07.1974.
Unidade mobilizadora: Regimento de Lanceiros 2 (Lisboa).
Saída para Macau: 28 de Maio de 1974, por via aérea (voo comercial).
Serviço Postal Militar: 1213
Regresso a Lisboa: 7 de outubro de 1975, por via aérea (voo comercial).
Mobilização: 418 dias.
Saída de Lisboa a 28.05.1974 pelas 13h45, do Aeroporto de Lisboa, em voo comercial, com escala em Londres, Bélgica, Atenas, Bombaim, Banguecoque e Hong Kong. Chegada a Macau a 30.05.1974.
Os aquartelamentos que acolheram a unidade foram o de Mong-Há e o Quartel General.
Os lanceiros e jogadores de futebol José Ferreira Almeida, José Manuel Máximo Alcântara, Mário Domingos Santinhos Silva Lopes e Victor Jorge Algarvio, foram escolhidos para representarem a seleção militar que defrontou várias equipas civis locais.
As ofertas para os lanceiros ocuparem os tempos livres eram imensas e passavam por cinema, desporto, televisão (a cores), teatro, discoteca, dancings, casino, espetáculos de variedades, praia, ouvir rádio entre outras. Tinham programa na Rádio Macau, o CTIM75, aos sábados, com a duração de uma hora. e criaram um grupo de fadistas.
Regresso a Lisboa a 06.10.1975 pelas 16h15, do Aeroporto de Hong Kong, com escala em Londres. Chegada a Lisboa a 07.10.1975.