O incêndio foi notícia em várias partes do mundo tendo esta ilustração sido publicada em muitos jornais da época. Neste caso, a da edição de 15 de Março de 1856 do L'Illustration - Journal Universel.
A 4 de Janeiro de 1856 ocorreu um grande incêndio na zona do bazar chinês em Macau. Começou às duas da tarde desse dia e durou até às 11h do dia seguinte.
Na edição de 5 de Janeiro o Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor deu conta do sucedido.
Este foi um dos maiores incêndios do século 19 em Macau. Ocorreria outro de grandes dimensões em 1862.
Luís Gonzaga Gomes referiu-se assim à catástrofe de 1856:
"Teve princípio à 1 h 45 m, numa das boticas chinesas do Bazar. Ajudado pelo vento norte, o fogo espalhou-se com grande rapidez, mas às 5.00 horas, mudando para leste, fez avançar o incêndio sobre as boticas do Matapau. Às 6.30 horas, voltando, outra vez, para o norte, fez com que a terrível conflagração seguisse pela Travessa de S. Domingos, Rua do Quintal e Travessa do Tronco, escapando, por pouco, o antigo convento de S. Domingos [que esteve em risco]. O incêndio durou toda a noite, destruindo 420 boticas (lojas) e 400 residências de famílias chinesas, subindo a mais de meio milhão de patacas o valor de propriedades destruídas. Os cidadãos de Macau auxiliaram, por toda a forma possível, a combater o incêndio, tendo prestado valiosos socorros as guarnições das fragatas francesas Virginie e Constantine."
Sem comentários:
Enviar um comentário