George Chinnery pintou mais de uma dezena de auto-retratos (incluindo quando viveu em Macau), sendo o primeiro exibido publicamente em Londres no ano de 1798.
À esq. a pintura de auto-retrato feita pelo próprio George Chinnery, pertença do Museu Peabody Essex, nos EUA, e à direita, outro óleo sobre tela, da autoria de Lam Qua (1801?-1860?) e pertença do Museu de Arte de Hong Kong, que aprendeu a arte com Chinnery.
A maioria dos quadros da ‘escola chinesa’ não está assinada. Mesmo os de Chinnery (embora alguns tenham as iniciais GC no canto inferior direito), que tinha por hábito escrever o seu nome e data nos esboços que antecediam as pinturas. A situação torna muito difícil a tarefa de identificar o autor a que acresce uma outra dificuldade. Muitos quadros foram também copiados.
Lam Qua, Lamqua, Lamquoi, Guan Qiaochang, 林官; Lam Kwan; Kwan Kiu Cheong (關喬昌), foi um pintor estabelecido na cidade de Cantão durante a dinastia Qing. Terá nascido em 1801 ou 1802, a data ao certo permanece um mistério, em Nanhai (Província de Guangdong (Cantão). Neto do famoso pintor de Cantão, Guan Zuolin (Spoilum), herdou dele não só o talento como o atelier naquela cidade do sul da China. À época era considerado o “príncipe dos pintores de Cantão”. Tinha um estilo semelhante ao de George Chinnery e fez muitas cópias dos trabalhos do britânico – até mesmo do auto-retrato de Chinnery como se pode verificar no Museu de Arte de Hong Kong - que vendia a preços mais acessíveis. Samuel Wells Williams conta em 1863 que Lam Qua aprendeu com Chinnery e que viu essas obras:
“Lamqua (…) is the best-know artist among the natives. Portraits, landscapes and scenes are copied in oil in large quantities priced crom US 3$ to 100$ a piece.”
Vários testemunhos que garantem que Lam Qua residiu em Macau.
Arthur Cunynghame na obra de 1844 “An Aide-de-Camp’s Recollections of Service in China, a Residence in Hong-Kong, and Visits to Other Islands in the Chinese Seas. 2vols. London: Saunders and Otley” escreve:
“There resides at Macao a singular character in the person of a portrait painter, a Chinese, of the name of Lamqua... he shews [sic] a wonderful degree of talent in his pictures, which are executed altogether after the European style.”
Charles Toogood Downing em “The Fan-Qui in China, in 1836- 7. 3vols. London: Henry Colburn (1837) fala da sua passagem por Macau, de Chinnery e do seu pupilo, Lam Qua:
“The only foreign painter in China resides in this town Mr Chinnery a native of the sister isle. He is much esteemed by the Europeans who visit this part of world and is well known to stand high in his profession. His portraits of the Chinese are often sent over to country where they may generally be seen at the exhibitions of the academy. This gentleman is perhaps of more particular notice as through means these bigoted people are beginning to have a relish for the higher excellences of this noble art. Many of the Chinese have sat to him already; one or two been his pupils and have made a very fair progress; the best of them, Lamquoi, is in practice as a portrait painter in Canton, and is always happy to take your likeness for the small consideration of twenty dollars. (...)
Lam Qua, Lamqua, Lamquoi, Guan Qiaochang, 林官; Lam Kwan; Kwan Kiu Cheong (關喬昌), foi um pintor estabelecido na cidade de Cantão durante a dinastia Qing. Terá nascido em 1801 ou 1802, a data ao certo permanece um mistério, em Nanhai (Província de Guangdong (Cantão). Neto do famoso pintor de Cantão, Guan Zuolin (Spoilum), herdou dele não só o talento como o atelier naquela cidade do sul da China. À época era considerado o “príncipe dos pintores de Cantão”. Tinha um estilo semelhante ao de George Chinnery e fez muitas cópias dos trabalhos do britânico – até mesmo do auto-retrato de Chinnery como se pode verificar no Museu de Arte de Hong Kong - que vendia a preços mais acessíveis. Samuel Wells Williams conta em 1863 que Lam Qua aprendeu com Chinnery e que viu essas obras:
“Lamqua (…) is the best-know artist among the natives. Portraits, landscapes and scenes are copied in oil in large quantities priced crom US 3$ to 100$ a piece.”
Vários testemunhos que garantem que Lam Qua residiu em Macau.
Arthur Cunynghame na obra de 1844 “An Aide-de-Camp’s Recollections of Service in China, a Residence in Hong-Kong, and Visits to Other Islands in the Chinese Seas. 2vols. London: Saunders and Otley” escreve:
“There resides at Macao a singular character in the person of a portrait painter, a Chinese, of the name of Lamqua... he shews [sic] a wonderful degree of talent in his pictures, which are executed altogether after the European style.”
Charles Toogood Downing em “The Fan-Qui in China, in 1836- 7. 3vols. London: Henry Colburn (1837) fala da sua passagem por Macau, de Chinnery e do seu pupilo, Lam Qua:
“The only foreign painter in China resides in this town Mr Chinnery a native of the sister isle. He is much esteemed by the Europeans who visit this part of world and is well known to stand high in his profession. His portraits of the Chinese are often sent over to country where they may generally be seen at the exhibitions of the academy. This gentleman is perhaps of more particular notice as through means these bigoted people are beginning to have a relish for the higher excellences of this noble art. Many of the Chinese have sat to him already; one or two been his pupils and have made a very fair progress; the best of them, Lamquoi, is in practice as a portrait painter in Canton, and is always happy to take your likeness for the small consideration of twenty dollars. (...)
Mas quanto a cópias dos quadros de Chinnery (e de outros), até os pintores ocidentais chegaram a executá-las. Mas isso terá de ficar para um outro post...
Vista da Praia Grande num quadro de meados do séc. 19
de autor anónimo da chamada 'escola chinesa'.
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