Doutorado em teologia, o padre António José Gomes nasceu a 18 de Maio de 1874 na freguesia de S. Pedro de Maximinos de Braga. Em Macau fundou a Obra do Pão dos Pobres em 1903 na Paróquia de Santo António distribuindo sobretudo arroz no primeiro domingo de cada mês.
Foi nomeado em diversas ocasiões encarregado do Governo Eclesiástico de Macau durante as ausências do Bispo D. José da Costa Nunes (1920 a 1941). Foi reitor do Seminário de S. José (vice-reitor em 1910) e ainda editor do jornal diário “A Pátria”.
Morreu em Macau a 15 de Julho de 1928 .
Em cima uma notícia publicada no jornal "illustração Catholica" (de Braga, a 15.9.1928) com uma foto do dia do funeral do padre António José Gomes em Macau.
"Funeral do nosso saudoso conterrâneo , o Rev. Dr. António José Gomes, benemérito missionário e Vigário Geral da Diocese. Nele tomaram parte o clero e todas as autoridades civis e militares, à frente dos quais se destaca o Governador de Macau"
Em 1904, o Padre António José Gomes - primo de António da Silva Rego - foi grande entusiasta da ideia de reconstruir a Igreja da Madre de Deus na sua forma original.
Na ocasião disse: "(...) Senhores: o que nos resta, pois, fazer d´esta ruina? Conserva-la, dizem alguns, conservar esta ruína, remover todo este lixo, gradear este recinto e pôr aqui uma vigia. Senhores, isto não basta. Há muitos anos que uma tal resolução deveria ter sido tomada. Hoje, depois de tantos annos de profanação a mais ignóbil e vergonhosa, é mister recorrer à mais completa das desaffrontas e à mais solemne das reparações! (...)"
Para tal, recolheu fundos e pediu que fossem desenhados os planos gerais de restauro. A falta de fundos para custear toda a obra levou ao fracasso do projecto.
Um pequeno opúsculo de 16 páginas foi publicado em 1905 por ocasião da "cerimónia do lançamento da primeira pedra /reconstrução da Egreja de S. Paulo em Macau".
Em cima a primeira página de uma longa carta de 1923 do Padre António José Gomes para Rodrigo José Rodrigues, governador de Macau, de quem era amigo. Refere a questão da sua aposentação e agradece as atenções de Rodrigo Rodrigues. A carta tem ainda a curiosidade de ser escrita em papel timbrado do projecto "Avante pela reconstrucção de S. Paulo".
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