No contexto dos ataques da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (VOC) a Macau entre 1603 e 1622, esta fortificação remonta a uma cerca erguida pelos religiosos da Companhia de Jesus para defesa do monte de São Paulo, e estava concluída por volta de 1606. Posteriormente, entre 1617 e 1626, em posição dominante sobre o seu cume, foi erguida a chamada Fortaleza do Monte, como parte de um vasto complexo que integrava o Colégio de São Paulo e a Igreja da Madre de Deus.
Este complexo era denominado como "Acrópole" e constituiu a principal estrutura defensiva da cidade, tendo-se destacado quando da tentativa de invasão Neerlandesa em 1622.
Entre 1623 (ano da chegada do primeiro Governador de Macau, D. Francisco Mascarenhas) e 1746, a fortaleza tornou-se a residência governamental e um importante centro político e militar. A partir de 1746, como consequência da mudança de residência do Governador para o Palácio do Governador (situado na Praia Grande), ela foi virtualmente abandonada.
Em Setembro de 1808 foi ocupada, juntamente com a Fortaleza da Guia, por tropas da força expedicionária sob o comando do contra-almirante William O'Brien Drury, comandante-chefe das Forças Navais Britânicas nos mares da Ásia, a pretexto de protecção contra a ameaça francesa. Esse efectivo foi reembarcado no final desse mesmo ano, por força de uma concentração de cerca de 80.000 homens do exército chinês diante das portas da cidade.
Em 1835 um grande incêndio destruiu o Colégio e a Igreja, da qual apenas permaneceu a fachada de pedra, hoje vulgarmente designada por Ruínas de São Paulo, mas que também causou danos irreparáveis aos edifícios da fortaleza, que não mais foram reconstruídos. Décadas mais tarde, a Fortaleza do Monte foi transformada num parque público devido à vegetação que cresceu naturalmente nos terrenos em que a fortaleza se inscreve. Actualmente é um espaço muito popular entre os residentes e turistas devido à vista panorâmica que ali se descortina de Macau.
Em 1835 um grande incêndio destruiu o Colégio e a Igreja, da qual apenas permaneceu a fachada de pedra, hoje vulgarmente designada por Ruínas de São Paulo, mas que também causou danos irreparáveis aos edifícios da fortaleza, que não mais foram reconstruídos. Décadas mais tarde, a Fortaleza do Monte foi transformada num parque público devido à vegetação que cresceu naturalmente nos terrenos em que a fortaleza se inscreve. Actualmente é um espaço muito popular entre os residentes e turistas devido à vista panorâmica que ali se descortina de Macau.
O único edifício da fortaleza que escapou ao grande incêndio foi um escritório do Departamento Meteorológico. Foi neste edifício, composto por dois níveis subterrâneos e um terceiro acima da plataforma no topo da fortaleza, que, em 18 de Abril de 1998, instalou-se o Museu de Macau que tem como principal vocação contar a história do território. Foi classificada como Monumento Nacional desde 30 de Dezembro de 1976.
Exemplar de arquitetura militar, abaluartado, na cota de 52 metros acima do nível do mar.
Apresenta planta no formato quadrangular, com baluartes nos vértices. As muralhas possuem 9 metros de altura e 2,7 metros de largura, erguidas em uma mistura de terra e argamassa de cal, onde se rasgam 36 canhoneiras. As muralhas voltadas para o lado de terra não possuem merlões, indicando que a fortaleza foi erguida para defesa contra os ataques oriundos do mar. Ocupa uma área de 8.000 metros quadrados. Estava equipada com canhões (que apenas entraram em combate uma única vez, em 1622), casernas, poços e um arsenal com munições e mantimentos para sustentar um assédio de até dois anos. Na entrada da fortificação uma inscrição reza: “Alto! Sentido! Recorda por uns instantes a história linda da nossa pátria. Entra altivo e de cabeça erguida porque és soldado dessa pátria.”
Armando Cação in "A Fortaleza do Monte: esboço histórico."
Apresenta planta no formato quadrangular, com baluartes nos vértices. As muralhas possuem 9 metros de altura e 2,7 metros de largura, erguidas em uma mistura de terra e argamassa de cal, onde se rasgam 36 canhoneiras. As muralhas voltadas para o lado de terra não possuem merlões, indicando que a fortaleza foi erguida para defesa contra os ataques oriundos do mar. Ocupa uma área de 8.000 metros quadrados. Estava equipada com canhões (que apenas entraram em combate uma única vez, em 1622), casernas, poços e um arsenal com munições e mantimentos para sustentar um assédio de até dois anos. Na entrada da fortificação uma inscrição reza: “Alto! Sentido! Recorda por uns instantes a história linda da nossa pátria. Entra altivo e de cabeça erguida porque és soldado dessa pátria.”
Armando Cação in "A Fortaleza do Monte: esboço histórico."
É a mais importante fortificação de Macau e tem várias designações, desde Forte do Monte, Forte Grande ou de São Paulo. Situada a cinquenta e cinco metros de altitude, num morro, foram os jesuítas que iniciaram a primeira construção. As fontes divergem quanto à autoria, desde Inácio Moreira, padre Jerónimo Rho ou Francisco Lopes Carrasco.
A construção sob ordens da companhia de Jesus custou 40.000 xerafins à Fazenda Real e ficou pronta em 1626 com os 4 baluartes já edificados, juntamente com a casa da pólvora e plataformas para dez canhões.
O forte ocupa uma área de quase 2.000 metros quadrados, formados segundo uma planta em quadrilátero irregular, com quatro baluartes poligonais nos cantos em forma de espigão.
A especificidade do terreno fez com que a construção se ajustasse às suas formas pelo que os baluartes têm dimensões diferentes, os muros laterais vão dos 3 metros de largura aos dez metros de altura.
A praça de armas tinha quatro fileiras de casas, separadas para comandantes e para os soldados, depósito de armamento, paióis com munições no subsolo, em cisternas.
Por ser único no mundo, pela sua beleza e valor na história universal, o Centro Histórico de Macau foi incluído pela UNESCO a 15 de Julho de 2005 na Lista do Património Mundial da Humanidade, como o 31º sítio do Património Mundial da China. numa decisão aprovada por unanimidade pelo Comité do Património Mundial, cuja 29ª Sessão decorreu em Durban, na África do Sul.
Para além da Fortaleza do Monte, referida neste post, fazem parte da lista o Templo de A-Má, as Ruínas de S. Paulo, o Edifício do Leal Senado, o Seminário e Igreja de S. José, a Fortaleza da Guia (incluindo a Capela e o Farol), o Templo de Sam Kai Vui Kun, a Santa Casa da Misericórdia, a Biblioteca de Sir Robert Ho Tung, a Casa Garden, etc.
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