O que se segue é o relato muito sintetizado de uma visita breve a Macau de Henri Jouan (1821-1907), um oficial de marinha (capitão de fragata), geógrafo, naturalista e etnólogo francês que chegou a comandar a divisão naval francesa nos mares da China.
"Pendant les quinze jours que a La Guerrière a passés à Hong Kong du 21 décembre 1865 au 6 janvier 1866 je n ai pas eu le temps de me livrer aux moindres recherches d histoire naturelle. Cependant je tenterai de résumer le plus brièvement possible ce que j ai pu voir dans quelques promenades . (...)
Dans une excursion à Macao, à 38 milles de Hong Kong, la route du Ferry nous fit passer à toucher plusieurs des nombreux îlots semés sur le chemin. Le granit en fait pareillement la charpente une herbe rare et brûlée couvre les flancs dominés çà et là par quelques arbustes misérables dans les ravins abrités contre le vent desséchant de la mousson de N E.
La presqu île de Macao n est elle même qu une série de collines granitiques sur lesquelles montent et descendent les rues étroites de la ville. Quelques pins sylvestres procurent un peu d ombre aux deux côteaux qui bornent la Praïa grande à l Est et à l Ouest.
Un bois plus fourré où à côté de ces enfants du Nord poussent vigoureusement en immense variété des plantes et des arbres d espèces essentiellement tropicales ombrage les gros blocs rocheux de la pointe de Patane. La tradition veut que ce soit là que Camoens ait écrit les Lusiades; la beauté sauvage du site le vaste panorama qu on ya sous les yeux inspiraient dit on l illustre exilé. On admire aussi quelques magnifiques arbres des Banians dans le jardin du couvent de Saint Joseph. Un climat d une douceur exceptionnelle permet d avoir pendant toute l année de bons légumes aux environs de Macao. (...)"
Excerto de "Hong Kong, Macao, Canton" da autoria de M. Henri Jouan publicado em Mémoires de la Société Nationale des Sciences Naturelles de Cherbourg, Paris, 1867
Tradução
"Durante os quinze dias que a fragata La Guerrière (imagem acima, num porto japonês em 1865) passou em Hong Kong, de 21 de Dezembro de 1865 a 6 de Janeiro de 1866, não tive tempo para me dedicar à menor pesquisa em história natural. No entanto, tentarei resumir o mais brevemente possível o que vi em algumas caminhadas. (...)
Numa excursão a Macau, a 38 milhas de Hong Kong, a rota do ferry levou-nos por várias das muitas ilhotas espalhadas pelo caminho. O granito domina a paisagem, uma erva rara e queimada cobre as laterais dominadas aqui e ali por uns poucos arbustos miseráveis nas ravinas abrigadas do vento seco da monção de NE.
A própria península de Macau não é mais do que uma série de colinas de granito sobre as quais as ruas estreitas da cidade sobem e descem. Alguns pinheiros silvestres proporcionam sombra nas duas encostas sobre a Praia Grande a leste e oeste.
Há um bosque mais espesso onde, junto a estes filhos do Norte, cresce vigorosamente uma imensa variedade de plantas e árvores de espécies essencialmente tropicais, sombreando os grandes blocos rochosos da Ponta de Patane. Reza a tradição que foi aqui que Camões escreveu aos Lusíadas; a beleza selvagem do sítio e o vasto panorama que ali se vê inspirou o dito ilustre exilado. Também admiramos algumas magníficas árvores Banyan no jardim do convento de São José*. Um clima excepcionalmente ameno torna possível ter bons vegetais durante todo o ano nas redondezas de Macau. (...)"
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