"M. A. Baptista Photographer" é o nome e ocupação de um entre as centenas de estrangeiros a residir na China nos anos de 1864 e 1865 de acordo com a publicação Chronicle and Directory for China, Japan and Philipines. O facto levanta algumas dúvidas já que nesses anos já Marciano estava radicado em Hong Kong.
Para além de pintor (foi discípulo de Chinnery), o macaense Marciano António Baptista (1826-1896) foi também fotógrafo, sendo um dos pioneiros da fotografia na Ásia, juntamente com, por exemplo, Felice Beato, sendo autores das primeiras fotografias da China.
O primeiro a fazê-lo, do que se conhece até agora, foi o francês Jules Itier, funcionário das alfândegas que foi a Macau integrado na delegação francesa que se dirigiu à China para negociar o tratado comercial em Outubro de 1844.
Acima está uma fotografia tirada em Macau ca. 1860 e cuja autoria é atribuída a Marciano Baptista no catálogo da exposição "The face of China, as seen by Photographers and Travelers, 1860-1912*" patente ao público no Museu de História de Arte, de Filadélfia, em 1978. A tradução da legenda da fotografia é: Sacerdotes e leigos em oração junto ao túmulo de um cristão em Macau ca. 1860.
* "No Século XIX - ou mais exactamente há cerca de 150 anos -o mundo assistiu extasiado ao advento da fotografia. A China, apesar do seu isolamento, não constituía excepção: as prodigiosas máquinas dos primeiros repórteres que visitaram o Império do Meio deixaram os chineses perplexos e fascinados. Por seu lado, os fotógrafos europeus não resistiam ao apelo da diferença e do exotismo oriental. Macau era, na altura, ponto de passagem obrigatório para estes aventureiros, vindos do Ocidente. Foi aqui, antes de partir para Cantão, que Jules Itier, um francês contemporâneo de Daguerre e repórter pioneiro, tirou a primeira fotografia da China."
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