quinta-feira, 22 de abril de 2021

Centro de Recuperação Social da Ilha da Taipa

Num outro post abordei  o tema. Agora recordo esta edição: O centro de recuperação social da ilha da Taipa em Macau, da autoria de Sigismundo Revés e Alberto Cotta Guerra, editado pela Agência-Geral do Ultramar, Lisboa, 1962.
O primeiro era o comandante da PSP e um dos grandes impulsionadores da criação deste centro, o segundo o responsável pelos serviços de neuropsiquiatria dos serviços de saúde de Macau e que estavam encarregues dar acompanhamento médico aos que frequentavam o CRS, cujas instalações ficam no quartel militar. 
O médico visitava regularmente o centro e estavam nas instalações em permanência um enfermeiro e um auxiliar. Caso mais graves eram tratados nos hospitais em Macau sendo os pacientes transporte numa vedeta da marinha. Recorde-se que nesta altura não havia ainda uma ponte a ligar a Taipa a Macau. Só seria inaugurada em 1974. Assegurava ligação fluvial em termos de transportes públicos umas embarcações que demoravam cerca de 30 minutos a percorrer a distância e cujos horários estavam dependentes das marés tal era o nível de assoreamento do delta do rio.
Quando o CRS foi criado em  Maio de 1961 'absorveu' o Abrigo de Mendigos e Vadios que já existia e que era da responsabilidade da Administração do Concelho das Ilhas.
 As oficinas do CRS da Taipa
 
Registos fotográficos das várias actividades em que os pacientes internados estavam envolvidos: desde agricultura, ferreiros, costura, fabrico de vassouras e sapatos, etc... Em muitos casos vendiam os seus produtos e as receitas ficavam em pare para eles e noutra parte para o próprio CRS. Também faziam parte do processo de recuperação a prática de desporto.
Recorde-se que a assistência aos toxicómanos em Macau só foi regulamentada em 1946. Até essa data os casos eram tratados de forma avulsa nos hospitais. Com esta legislação foram criados dois centros de tratamento: um no hospital S. Januário e outro na cadeia pública.
Jornal Lodi News-Sentinel: 19.9.1962

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