"(...) Percorro neste momento este bairro com os Srs. Guillet et Combel, padres lazaristas. Aqui está um restaurante abrigado por um grande guarda-sol; onde se apresentam em detalhe porções de uma imensidade de preparações que parecem ser muito apreciadas pelos consumidores. Ali, uma loja de câmbio...As lojas chinesas são mantidas com limpeza e ordem perfeitas. Somos recebidos em todo o lado com uma delicadeza que por vezes inclui a oferta de uma chávena de chá.
Dedico uns momentos à apreciação de uma oficina de ourives , muito ocupado com a afinação de materiais de prata num cadinho de barro refractário, de forma semelhante aos de Hesse. Um dos oficiais testa o ouro, servindo-se de uma pedra de toque, de ácido nítrico e de diversas agulhas de títulos diferentes, que servem de termo de comparação; um terceiro usa um maçarico para soldar diversas peças com a ajuda de borato de sódio, e num canto, estão dois gravadores que manejam com uma destreza espantosa os seus cinzeis.
Todos parecem muito competentes, mas nós fazemos melhor e mais barato. A oficina vizinha é de um ferreiro… Ao lado um fabricante de colchas acolchoadas e pespontadas...que são até mais quentes que as nossas. (...)"
Descrição do bazar chinês de Macau por Jules Itier no livro "Journal d´un Voyage en Chine en 1843, 1844, 1845, 1846"
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