3 de Outubro de 1986 foi o 1º dia de circulação da emissão filatélica "Fortalezas de Macau" pelos Correios e Telecomunicação de Macau. Selos com valor facial de 2 patacas.
Os desenhos das fortalezas de S. Paulo do Monte, Taipa, S. Francisco e Nossa Senhora da Guia são da autoria de Luíz Duran que foi autor de outras emissões em Macau.
Nesse ao comemorava-se o 10º aniversário das FSM. Um texto do Coronel José Eduardo C. de Paiva Morão, 2.º Comandante das Forças de Segurança de Macau, enquadrava assim este emissão filatélica:
"As Forças de Segurança de Macau (FSM) foram criadas em 1 de Janeiro de 1976, por Decreto-Lei do extinto Conselho da Revolução na fase de reorganização das forças militares e militarizadas e de outros órgãos de Segurança de Macau, visando uma maior eficiência na salvaguarda dos bens colectivos e privados, na garantia de segurança pública de defesa civil contra calamidades e na contribuição para o progresso e desenvolvimento social e económico da população de Macau. As FSM compreendem além do Comando e Quartel General, as seguintes Corporações: Polícia de Segurança Pública, Polícia Marítima e Fiscal, Corpo de Bombeiros e Polícia Municipal. Dispõem ainda de um Centro de Instrução Conjunto.
As FSM herdaram as tradições históricas das Instituições Militares Portuguesas, as quais, estiveram nos finais do século XVI na origem da construção das primeiras fortificações permanentes em Macau destinadas à protecção das populares e do comércio local em especial das acções da pirataria marítima.
No início do século XVII, os ataques desencadeados pelos holandeses levaram à construção do primeiro sistema de defesa para a cidade que incluía fortalezas, fortes, outros recintos abaluartados e muralhas que abrangiam toda a orla marítima e que visava especialmente a detenção dos ataques provenientes do mar. O conceito de defesa mantem-se inalterável até meados do século XIX, altura em que o esforço defensivo foi orientado para as acções ofensivas provenientes de terra, sendo então construídos os fortes dos locais dominantes de interior da cidade. É ainda deste período a construção das fortalezas nas ilhas. Finalmente, já no século XX o sistema de defesa incluiu a construção de galerias, de instalações subterrâneas de comando, observação e controlo de tiro e paióis e ainda de novas posições, nos pontos dominantes da cidade, tendo em vista a defesa em todas as direcções."
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