Os mestres ceramistas chineses descobriram com os persas o óxido de cobalto no início do século XIV. Tratava-se de um pigmento cinza que depois de aplicado na porcelana branca era queimado resultando num tom de azul, que ficava mais forte ou mais fraco de acordo com as pinceladas.
Tecnicamente a porcelana é um produto fruto do aperfeiçoamento do grés, obtido graças ao emprego de uma argila plástica especial, o caulino, e de temperaturas de cocção superiores a 1.350ºC, que conferem à massa aspecto fino, translúcido, dureza e ausência de cor. A porcelana chinesa começou a ser produzida na dinastia Tang (唐) (618-906), sendo o centro mais importante Hopeh (Hubei 湖北), no Hsing Chou (Jing Zhou 荆州), tendo-se desenvolvido intensamente na dinastia Ming 明 (1368-1644) com a descoberta do caulino, atingindo a perfeição em meados do século XIV.
A primeira descrição conhecida no Ocidente sobre o fabrico da porcelana pertence ao português Duarte Barbosa no seu Livro das Coisas do Oriente. Mas o relato completo da técnica é de Frei Gaspar da Cruz no Tratado das Coisas da China.
Apesar dos relatos dos missionários e navegadores portugueses do século XVI mencionarem o fabrico da porcelana, só em 1712 os europeus conseguiram obter conhecimento preciso do seu processo de fabrico, graças às cartas do missionário jesuíta d’Entrecolles (1664-1741) que descreviam pormenorizadamente os segredos da sua preparação.
A primeira descrição conhecida no Ocidente sobre o fabrico da porcelana pertence ao português Duarte Barbosa no seu Livro das Coisas do Oriente. Mas o relato completo da técnica é de Frei Gaspar da Cruz no Tratado das Coisas da China.
Apesar dos relatos dos missionários e navegadores portugueses do século XVI mencionarem o fabrico da porcelana, só em 1712 os europeus conseguiram obter conhecimento preciso do seu processo de fabrico, graças às cartas do missionário jesuíta d’Entrecolles (1664-1741) que descreviam pormenorizadamente os segredos da sua preparação.
Exemplo da porcelana "bago de arroz" fabricada em Macau em meados do século XX
O Azul e Branco foi a base durante cinco séculos (séculos XIV a XVIII) da maioria da produção das porcelanas chinesas. A idade de ouro do Azul e Branco é o reinado de Xuande (宣德), entre 1426 e 1435. O principal centro de fabrico ficava em Jingdezhen (景德镇). No reinado de Jiaqing (嘉靖) (1522-1566) começa a exportação regular de porcelana chinesa para a Europa através dos dos portugueses, que irá perdurar até aos meados do século XVII, altura em que os holandeses passam a dominar os mares.
Foi editado em Macau em Janeiro de 2015 um livro intitulado "Estudos sobre as Peças de Porcelana Azul e Branca da Dinastia Ming descobertas em Macau". O livro é da autoria de Ma
Kam Keong, e foi editado pela “Social
Sciences Academic Press (China)” e pela Fundação Macau.
Exemplares deste tipo de porcelana podem ser vistos, por exemplo, no Museu de Macau/CCCM e no Museu do Oriente, em Lisboa, e ainda no Museu da Santa Casa da Misericórdia, em Macau.
Se está por Portugal, saiba ainda que uma colecção rara de 60 pratos de porcelana da China pode ser vista até ao próximo mês de Maio no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa.
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