Em
1974 Coates sai de Hong Kong e vai para a Europa escolhendo Portugal
para se estabelecer mas surge o 25 de Abril e Coates regressa a Hong
Kong. O regresso a Portugal ficará adiado até 1992, quando fixa
morada em Colares (Sintra). Morre a 16 de Março de 1997, aos 74 anos de
idade. Publicou 18 obras e deixou 14 inéditas.
Algumas das obras publicadas:
Macao and the British 1637-1842: Prelude to Hong Kong
dedicado a Jack M. Braga, sintetiza a presença britânica no território.
A Macao Narrative
Taduzida para português por Luísa Guedes com o título Macau: Calçadas da História (1991). Na introdução pode ler-se: "A
história da fundação de Macau sempre me fascinou. Ao transmiti-la
agora, proponho-me começar pelo princípio, como em todas as histórias
que se prezam. A narrativa principia no altaneiro promontório de Sagres,
um dos pontos mais meridionais de Portugal, a pouca distância do Cabo
de São Vicente. A sensação que se desfruta do alto da ponta de Sagres é
semelhante à que se tem do cimo de Beachy Head, embora aquela seja
avassaladora e, lá ao fundo, o oceano Atlântico se faça ouvir não como
um ronco de águas revoltosas, mas como uma mensagem. E foi do alto
desses imponente rochedos que há muitos, muitos anos, um princípoe
solitário a escutou e interpretou."
Este livro é um esboço geral da história do enclave que contempla a chegada dos portugueses ao Oriente no século XVI, nomeadamente à Índia e à China, de forma a contextualizar o comércio da Nau do Trato entre Macau e o Japão, bem como a ofensiva anglo-holandesa contra os interesses e domínios portugueses; o início da presença inglesa na China; o poderio inglês no século XVIII; a Guerra do Ópio; a fundação de Hong Kong; o governo de Ferreira do Amaral e o tratado sino-português de 1862. O próprio autor define ambas as obras como estudos de síntese realizados a partir de publicações de historiadores por ele referidos e, por essa razão, Coates é considerado um estudioso ‘pouco académico’, gozando, no entanto, os seus textos de algum sucesso editorial em todo o mundo. O próprio autor agradece, nestes estudos, a amigos e investigadores em cujas obras se baseia para formular a sua síntese e confessa a natureza pouco académica dos mesmos, opinião também veiculada por A. E. Brown, num verbete dedicado a Macau no International Dictionary of Historic Places (1996), ao reconhecer a importância de A Macao Narrative e The British in Macao como os principais estudos sobre a história do enclave em língua inglesa.
Este livro é um esboço geral da história do enclave que contempla a chegada dos portugueses ao Oriente no século XVI, nomeadamente à Índia e à China, de forma a contextualizar o comércio da Nau do Trato entre Macau e o Japão, bem como a ofensiva anglo-holandesa contra os interesses e domínios portugueses; o início da presença inglesa na China; o poderio inglês no século XVIII; a Guerra do Ópio; a fundação de Hong Kong; o governo de Ferreira do Amaral e o tratado sino-português de 1862. O próprio autor define ambas as obras como estudos de síntese realizados a partir de publicações de historiadores por ele referidos e, por essa razão, Coates é considerado um estudioso ‘pouco académico’, gozando, no entanto, os seus textos de algum sucesso editorial em todo o mundo. O próprio autor agradece, nestes estudos, a amigos e investigadores em cujas obras se baseia para formular a sua síntese e confessa a natureza pouco académica dos mesmos, opinião também veiculada por A. E. Brown, num verbete dedicado a Macau no International Dictionary of Historic Places (1996), ao reconhecer a importância de A Macao Narrative e The British in Macao como os principais estudos sobre a história do enclave em língua inglesa.
Prelude to Hong Kong, was the
first work on Macau by Austin Coates (1922–1997). It is the first
comprehensive survey ever to be written on the English presence, the
Anglo-Chinese-Portuguese relations in Macau, and the Portuguese
settlement's strategic importance for the British China Trade. The story
of the British acquisition of Hong Kong is intricately related to that
of the Portuguese enclave of Macao. The British acquired Hong Kong in
1841, following 200 years of European endeavours to induce China to
engage in foreign trade. As a residential base of European trade,
Portuguese Macao enabled the West to maintain continuous relations with
China from 1557 onwards. Opening with a vivid description of the first
English voyage to China in 1637. 'Prelude to Hong Kong' traces the
ensuing course of Anglo-Chinese relations, during which time Macao
skillfully – and without fortifications – escaped domination by the
British and Chinese. The account covers the opening of regular trade by
the East India Company in 1770, including the 'country' trade between
India and China and Britain's first embassies to Peking, and relates the
bedeviling effect of the opium trade. The story culminates in the
resulting war from which Britain won, as part of its concessions, the
obscure island of Hong Kong. Among those who feature in this lucid and
lively account are the merchant princes Jardine and Matheson, the
missionary Robert Morrison, the artist George Chinnery, and Captain
Charles Elliot, Hong Kong’s maligned founder.
Austin
Coates, an author who lived and worked for many years in Hong Kong, and
who wrote a number of seminal works on Macau, a city whose history
fascinated him. Born in 1922, Coates, after serving in RAF Intelligence
in South East Asia during the War, later became a magistrate in Hong
Kong, after which he briefly joined the British colonial service in
Malaya. In 1962, he returned to Hong Kong in order to devote his time to
writing, and indeed, his books on Macau and other works, such as his
biography of the Philippine nationalist, José Rizal, date from this
period. Like the older Charles Boxer and the younger John Villiers,
Coates represented a breed of British ‘gentleman scholars’, whose
interest in the history of the Portuguese in East and South East Asia
stemmed from their direct experience of living and working in that part
of the world. It is perhaps fitting that Coates should have spent the
last years of his life between Hong Kong and a home near Sintra, in
Portugal, where he died in 1997.
But
perhaps Coates’s most fondly remembered work relating to Macau is his
City of Broken Promises, for it is the product both of the author’s
energy as a scholar, involving research undertaken in the libraries of
Macau, Portugal and Britain, and of his imagination, being a re-creation
of stories heard in Macau. His interest in the figure of Martha Merop
is said to have stemmed from having seen her portrait on a visit to
Macau’s Santa Casa da Misericórdia, or Holy House of Mercy. This same
painting is reproduced on the book’s cover. City of Broken Promises is a
historical novel set roughly between the years 1780 and 1795. The age
of Macau’s great prosperity, when it was the hub for the trade in silks
and silver between China and Japan, has long gone. But it has assumed a
new, cosmopolitan character, with the arrival of the British East India
Company along with other Europeans who have been allowed by the Chinese
to establish themselves in Macau so as to limit their presence in Canton
to the trading season.
Sem comentários:
Enviar um comentário