La Chine Ouverte, da autoria de Paul Émile Daurand Forgues (1813-1883), escritor e jornalista francês, é uma obra editada em Paris em 1845. O livro tem a particularidade de ser profusamente ilustrado com recurso a desenhos de Auguste Borget*, que viveu em Macau alguns meses no final da década de 1830.
As referências a Macau são sucintas já o mesmo não se pode dizer de Cantão e de, por exemplo, a descrição pormenorizada do hotel/taberna do tipo europeu que existia na zona das feitorias estrangeiras na primeira metade do século 19.
Excerto:
"Si les descriptions banales ne m'effrayaient, j'aimerais à raconter Macao ses maisons disposées en amphithéâtre, ses rues étroites en escaliers, son couvent de nonnes portugaises, sa grotte du Camoëns, ses clochers catholiques mêlés aux pavillons aériens du pays, et surtout sa jolie baie ronde sillonnée par ces barques-œufs (egg-boats), qui viennent vous prendre à l'entrée du port et vous déposent au pied des quais de granit. (...)"
"Se as descrições banais não me assustassem, gostaria de falar de Macau, das suas casas dispostas em anfiteatro, das suas ruas estreitas e íngremes, do seu convento de freiras portuguesas, da sua gruta de Camões, dos seus campanários católicos misturados com a paisagem aérea de pavilhões do país, e sobretudo a sua bonita e redonda baía pejada de tancares, que nos recolhem à entrada do porto e nos levam até ao cais granítico."
* No caso das ilustrações alusivas a Macau, temos um mercado de rua que aparenta estar localizado na então zona divisória entre Macau e a China continental, a porta do cerco, ainda na versão edificada pelos chineses; e uma cena marítima onde se mostram as pequenas embarcações denominadas tancares.
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