Na imagem um postal raro do final do século 19
- "nº 42 sold by O. F. Ribeiro Hong Kong" -
circulado em 1907.
A mesma zona num detalhe de uma fotografia de W. P. Floyd tirada ca. 1870
Na época da edição do postal a zona do Porto Interior já tinha sido alvo de vários aterros que uniformizaram a linha costeira e acabaram com praias como a do Manduco, Pequena, e a do Patane. Na toponímia local ficou registada para a posteridade a história desses tempos remotos com nomes como a Rua da Praia do Manduco.
Numa vista parcial de um mapa do final do século 18 assinalei as referidas praias do Porto Interior tendo por base a descrição da autoria de José de Torres publicada no semanário ilustrado ” Archivo Pittoresco” em 1864 acompanhada desta ilustração.
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"(...) A primeira praia à esquerda (...) é a chamada Manduco. Segue-se-lhe a Praia Pequena, adjacente à qual está a povoação chim chamada do Bazar, quasi na sua totalidade reconstruída por um plano regular, depois do grande incêndio que, em 1856, lhe devorou umas mil casas grandes e pequenas. Segue-se-lhe a praia do Terrafeiro, que é a última, na baixa ao poente da quinta da Gruta de Camões. (...)"
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Na revista "Occidente" em Novembro de 1890 foi publicada uma ilustração (acima) muito semelhante, tal como a descrição:
"(...) Representa a nossa gravura a parte occidental da cidade principal centro do commercio vendose tambem o seu magnifico ancoradouro no braço do rio de Cantão. (...) A vista que publicamos é tirada do alto da Penha; para a direita avista-se na distancia um ponto escuro que é a gruta de Camões, as montanhas que se veem ao fundo pertencem a Anção ou a Hiamxan, da ilha de Ngão men, a maior do Golpho em que desagua o Cantão; para a esquerda avista-se, por ordem, primeiro a praia de Manduco, a Praia Pequena ao lado da qual está a povoação chineza denominada Bazar, segue-se a praia do Terrafeiro."
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