Entre as obras de arte produzidas na China aos longo dos séculos 18 e 19, conhecidas por "chinoiserie" contam-se as pinturas reversas em vidro (reverse painted glass), produzidas para serem compradas como lembranças pelos ocidentais que visitavam a China, em lazer mas sobretudo em negócios. Tal como acontece com a esmagadora maioria das aguarelas e pinturas a óleo, também estas pinturas em vidro são sobretudo de autores anónimos.
Seleccionei para este post alguns exemplos de pinturas de Macau que têm como curiosidade o facto de pertencerem ao "Ordination Hall"/salão da ordenação do templo budista de Wat Pho, em Bangkok na Tailândia. Existem mais exemplares feitos na China em pelo menos mais seis templos budistas na Tailândia
Estas pinturas chegaram ao então Reino do Sião (início do século 19), fruto do intenso comércio com a China.
Em cima a Península de Macau, Porto Exterior à direita e Porto Interior à esquerda.
Em baixo a baía da Praia Grande com a Fortaleza do Monte no topo (ao centro).
Admite-se que a técnica tenha sido introduzida na China pelos jesuítas. Segundo os especialistas, o imperador Qianlong gostava tanto destas pinturas em vidro que convocou para a corte em Pequim artistas da região de Cantão (Sul da China) que já dominavam a arte. Ao mesmo tempo serviam na corte imperial em Pequim 'mestres' ocidentais nesta arte como Giuseppe Castiglione (Lang Shining, 1688-1766) e Jean Denis Attiret (Wang Zhicheng, 1702-1768).
Sem comentários:
Enviar um comentário