The principal revenue of Macao is drawn from licenses to houses of ill fame, gambling houses, opium smoking saloons, butchers shops - the Chinese are great consumers of pork - and also from the coolie trade, this last is indeed probably the principal source of their revenue as it undoubtedly is the source from which three fourths of the population of Macao derive a living.
Macao is built on a long neck of land the town extending across it having a port on both sides such as they are.
As the steamer approaches from Hong Kong she passes close to the Praya Grande around which with a broad drive between it and the beach is a semicircle of European houses two or three storeys high built after the fashion of houses in Lisbon. The Governor's and many other houses are handsome buildings and indeed the whole semicircle presents what might be called an imposing façade for in its rear is the remainder of the town extending all across to the harbour on the opposide side of the strip of land. The steamer proceeds past Praya Grande rounds the point and enters the western port where she goes alongside the wharf. In this port we found a Portuguese corvette a schooner (...) many junks large and small vessels (...)
The houses on Praya Grande are for the most part built of stone and brick stuccoed and painted fanciful colours the jalousies and window shutters being always green with the hinges and other fastenings always black Many of the shutters are mere lattice work with the interstices filled up with thin pieces of mother of pearl shell which being translucent admits a certain amount of light into the apartments at least. I suppose this to be the meaning of the mother of pearl. The Government buildings are all painted fleshcolour (...). Ten little children came into the hotel to visit the landlord just after I had arrived and an uglier set I have seldom seen. They were merry little things nevertheless all of them, down to the youngest, a year old, insisted on shaking hands with me.
The Government of Macao is purely military and is in no way identified with the commercial or the Macao Portuguese population not one of which ever fills a Government situation all Government places being filled by Portuguese from Lisbon. This is much complained of for it is admitted I believe that the young fellows of Macao are generally well behaved and clever all speaking two or three languages. (...) They tell me there are some 5000 Portuguese in Macao and some 50,000 Chinese. My first visit to this place was in 1844 when I was attacked in the street at mid day and robbed of a gold watch and strange to say by offering a good reward for it. I got it back after it had been in the hands of the Chinese for a whole twelvemonth. The military here consists of about 500 troops. (...)
Pintura do século 19. Baía da Praia Grande. Autor anónimo. |
As principais receitas de Macau são provenientes de licenças para casas de má fama, casas de jogo, casas para fumar ópio, talhos - os chineses são grandes consumidores de carne de porco - e também do comércio de cules, este último é provavelmente a principal fonte das suas receitas, como sem dúvida é a fonte da qual três quartos da população de Macau vivem.
Macau está construído numa longa faixa de terra em que a cidade se estende e tem um porto de ambos os lados.
À medida que o vapor de Hong Kong se aproxima, passa perto da Praia Grande em torno da qual, com um amplo caminho entre ela e a praia, há um semicírculo de casas europeias de dois ou três andares construídas à moda das casas de Lisboa. As casas do Governador e muitas outras são belas construções e, de facto, todo o semicírculo apresenta o que pode ser chamado de fachada imponente, pois nas traseiras está o restante da cidade que se estende até o porto do lado oposto da faixa de terra. O vapor passa pela Praia Grande, contorna a ponta e entra no porto interior onde acosta num cais. Neste porto encontramos uma corveta portuguesa, uma escuna, (...) muitos juncos grandes e pequenos navios. (...)
As casas da Praia Grande são maioritariamente construídas em pedra e tijolo, estucadas e pintadas de cores fantasiosas, com persianas verdes e as dobradiças e outros fechos sempre pretos. Muitas das persianas são meras treliças com os interstícios preenchidos com pedaços finos de concha de madrepérola que, sendo translúcidos, permitem pelo menos uma certa quantidade de luz nos apartamentos. Suponho que este seja o significado da madrepérola. Os edifícios governamentais são todos pintados da cor da carne (...). Dez criancinhas entraram no hotel para visitar o senhorio logo depois que eu cheguei e um conjunto mais feio que raramente vi. Eram pequenas coisas alegres, mas todos eles, até o mais novo, um ano de idade, insistiam em me apertar a mão.
O Governo de Macau é puramente militar e não se identifica com a população local e todos os lugares do Governo são preenchidos por portugueses de Lisboa. Isto é motivo habitual de queixa, pois creio que os jovens de Macau são geralmente bem comportados e inteligentes, todos falando duas ou três línguas. (...) Dizem-me que há cerca de 5.000 portugueses de em Macau e cerca de 50.000 chineses. A minha primeira visita a este lugar foi em 1844 quando fui atacado na rua, ao meio-dia, e roubaram-me um relógio de ouro. Ofereci uma recompensa para o reaver e acabei por o conseguir depois de ter estado nas mãos dos chineses durante doze meses. Os militares aqui consistem em cerca de 500 soldados. (...) Fim
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