Conhecido como "o pintor do império português" Fausto Sampaio (1893-1956) teve uma forte ligação a Macau. Aqui no blogue já dei a conhecer alguns dos trabalhos que ele fez no território.
Em 1942 numa palestra dedicada a Fausto Sampaio por ocasião de uma exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lopo Vaz de Sampaio e Melo, professor e oficial de Marinha disse, a propósito das obras feitas em Macau que Fausto Sampaio "percorre a cidade em todas as direcções, devassa o bairro china, estuda as tonalidades e a difusão da luz, perscruta o mistério das lendas através da neblina que encinzeira o ar e o éter, elege os assuntos que mais tentam a paleta, afaga sedas sumptuosas, tange a porcelana de vasos milenários, escuta-lhe o som caro (...) embriaga-se com o delírio cromático das decorações urbanas, das tabuletas, das bandeiras, dos letreiros (...) observa os tipos humanos, examina-lhes os traços somáticos e étnicos (...) tudo isto numa verdadeira caçada de belezas exteriores e numa verdadeira pescaria psicológica de expressão da vida interior dos seres, e da alma das coisas."
Para este post, seleccionei uma obra menos conhecida: "Porcelanas e Sêdas (chinesas)", um óleo sobre tela de 1937 com grandes dimensões (100 x 81 cm).
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