segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Exposição "Património Arquitectónico"

Cartaz da exposição de 1983 "Património Arquitectónico", desenho de Carlos Marreiros.
O arquitecto Francisco Figueira foi o responsável pela edição (ICM) do livro - 253 pág. - que 'acompanhou' a exposição. 



A mostra esteve também patente na Galeria Almada Negreiros em Lisboa entre 15 de Dezembro de 1983 e Janeiro de 1984.



domingo, 15 de setembro de 2024

Modelismo: táxi Toyota Crown 1998




Modelo de sucesso da marca de automóveis japonesa Toyota, o Crown circulou em Macau na versão táxi na década de 1990. Nas imagens um objecto de colecção para os amantes do modelismo (escala 1/43) produzido no âmbito da primeira séria da colecção Táxis do Mundo da Altaya.


sábado, 14 de setembro de 2024

Comércio com o Brasil: início séc. XIX

Decreto de 13 de Maio de 1810. Do príncipe regente - no Brasil. Isenta de "direitos de entrada nas alfândegas do Brazil os genros e mercadorias da China que se exportarem diretamente para os portos deste esta e pertencerem aos meus vassallos Portuguezes."
Em 1818/19 este decreto seria anulado.
"Eu El-Rey Faço saber aos que este Alvará virem: Que havendo a experiencia mostrado a ineficacia das Disposições do Decreto de treze de maio de mi oitocentos e dez, e das Cartas Regias de trinta de Maio, e de dois de junho do mesmo anno, que tanto parecerão favorecer o Commercio de Macau: e Conhecendo-se igualmente que esta Legislação tem tido entre outras perniciosas conseqüências a de haver intimidado todos os mais Capitalistas..."

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Visita de M. Pardal

"(...) A bordo do ”Tjibadac”* está tudo desperto, trabalhando-se afanosamente. Trata-se do transbordo para a “Tak Shing”, um dos muitos barcos que fazem as carreiras diárias para Macau. Temos também de tratar da mudança, pois já não é nada cedo para o fazer. Tudo em ordem e à hora marcada iniciamos a última etapa da nossa grande viagem. Decorreram cerca de quatro horas. À direita descortinamos o grupo das “Nove Ilhas”. Lá ao longe, à esquerda, temos a ilha de “Lap Sap Mei” , fronteiriça a Coloane, tendo a separá-las a Rada, local onde costumam ancorar os navios de longo curso, cujo destino é Macau. 
O “Tak Shing” ara lestamente as águas, pondo-nos sob as vistas os pontos mais elevados da nossa cidade. A colina da Guia mostrando-nos a verdura das suas árvores policromadas graciosamente como florido viçoso da época, sulcada por duas estradas que a fazem parecer uma enorme e alongada metade de óvano duas vezes seccionada. No cume do lado sul ergue-se majestosamente alvo de neve o seu farol sempre pronto, desde longos tempos, a prevenir a marinhagem. Do sopé emergem alguns edifícios de moderna arquitectura, como que tentando a chamada a futura construções que se alongarão até às muralhas do Porto Exterior. Este estende os seus molhes, alguns de pedra solta, como gigantescos braços abarcando as águas.
Um pequeno colo e segue-se, na direcção da Praia Grande, (a Colina de S. Jerónimo) onde o moderníssimo Hospital Conde de S. Januário honra a nossa engenharia, os serviços de saúde e a boa administração portuguesa em terras ultramarinas.
O Miradouro de D. Maria, com uma espécie de latada beiroa, toma os ares típicos das terras portuguesas do coração do país. No sopé da sua pequena escarpa estende-se como uma enorme eira de desconformes dimensões o depósito de água doce, abastecedor da cidade.
Como que espreitando por detrás de D. Maria, de olhos atentos à Porta do Cerco, mal se descortina por entre o seu arvoredo a Fortaleza do Monte de Mong Há.
Mais para lá, banhada pelo rio Cantão, ergue-se a Ilha Verde recamada por frondosa ramagem em alegre verde, certamente sua madrinha, ligada à península desde ao último quartel do século passado por um istmo, hoje pejado de pequenas moradias destinadas às classes menos protegidas.
Agora é S. Paulo do Monte que nos surge com a sua secular muralha de cor cinzenta, a qual parece estar segurando dentro de si os edifícios recentemente reparados e que outrora constituíam abrigo aos guerreiros destemidos e capitães gloriosos sempre titânicos perante os inimigos da paz. Um pouco para oeste podemos ser as ruínas de S. paulo, igreja que as línguas de um inclemente incêndio reduziram à sua fachada principal, uma relíquia do nosso passado nesta paragens (...)"
M. Pardal in revista Mosaico, Vol. XVI, 1956. (imagem não incluída na revista refarida)
* Deve ler-se Sibajak, navio da Royal Rotterdam Lloyd, no activo entre 1928 e 1959. Fazia a ligação entre a a Europa e o Oriente. Neste caso, atracou em Hong Kong.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

"Porto de Macau em 1924"

O mapa acima faz o ponto de situação das obras do Porto de Macau precisamente há 100 anos, em 1924. A empreitada tinha começado dois anos antes... embora alguns aterros tenham sido iniciados logo em 1919.
Curiosidade:
Antes da empreitada a ilha da Taipa estava dividida em duas, a Grande e a Pequena. 
Quatro imagens: Draga impulsora, Dragagens em Macau Siac, Bacia Sul do Patane, Estaleiros.

domingo, 8 de setembro de 2024

Alvará de 6 de Fevereiro de 1818

EU ELREY Faço saber aos que este Alvará virem: Que Querendo dar hum authentico testemunho ao Leal Senado da Camará da Cidade de Macau , da consideração que elle merece pelos serviços que Me tem prestado no desempenho das Commissóes de que se acha encarregado, e especialmente pelos fieis sentimentos de Amor e Lealdade, que mostrou á Minha Real Pessoa, mandando de tão longe hum Deputado para felicitar-Me pela Minha Exaltação ao Throno, e para prestar por elle o Juramento de Preito e Homenagem, neste Faustissimo Dia da Minha Coroação: Hei por bem Fazer-lhe Mercê do Tratamento de Senhoria.
E este se cumprirá como nelle se contém , não obstantes quaesquer Leis ou Disposições em contrario; e valerá como Carta passada pela Chancellaria, posto que por ella não ha de passar, e o seu effeito haja de durar mais de hum e muitos annos, sem embargo das Ordenações em Contrario. Dado no Palácio do Rio de Janeiro em seis de Fevereiro de mil oitocentos e dezoito.
R E Y 
Thomaz António de Villanova Portugal.
Alvarà por que Vossa Magestade He Servido fazer Mercê ao Leal Senado de Macau do Tratamento de Senhoria; na forma acima referida.
Para Vossa Magestade ver.
Registado nesta Secretaria de Estado dos Negócios do Reino a foi. 162 do L. 2º de Leis, Alvarás, e Cartas Regias. Rio de janeiro 13 de Março de mil oitocentos e dezoito.
João Carneiro de Campos
Luiz Joaquim dos Santos Marrocos o fez.
Na Offic de J. F. M. de Campos.
D. João VI foi aclamado Rei do do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a 6 de Fevereiro de 1818 no Brasil. As celebrações ocorreram em Macau em Dezembro desse ano.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

130 anos sobre o primeiro ano lectivo do "Lyceu" de Macau

Criado no papel em 1893, o Liceu de Macau - "Lyceu" como se escrevia na época - começou a funcionar no ano seguinte, faz agora 130 anos. A história desta instituição centenária é notável e durou até ao final do século 20. Nesses primeiros anos lectivos destaco os nomes de professores como Manuel da Silva Mendes, Camilo Pessanha, Venceslau de Moraes... Só para mencionar alguns.
Estudei no Liceu na década de 1980 tendo ali concluído - no edifício que existia na Praia Grande e que já foi demolido - o que se denominava ensino secundário. Esses tempos de juventude vividos em Macau foram uma das experiências pessoas mais marcantes a vários níveis. O Liceu tinha como patrono o Infante D. Henrique cujo lema era 'Talent de Bien Faire'. O busto que existia no átrio principal do Liceu está actualmente na Escola Portuguesa de Macau e sempre que regresso a Macau vou vê-lo. O Liceu foi para mim a plataforma onde fiz amizades (e alguns namoricos) que ainda perduram e também o espaço privilegiado de liberdade onde tive a sorte de aprender com muitos e bons professores. Por motivos vários uns marcaram mais do que outros. É normal...
Echo Macaense 18.7.1893
Nos primeiros anos o "lyceu" funcionou no antigo Convento de Santo Agostinho

Na disciplina de História fui aluno da Professora Beatriz Basto da Silva, uma jóia de pessoa como gosto de a classificar e que ainda hoje me telefona no dia do meu aniversário! Na altura não sabia mas estava a nascer o meu gosto pela história como anos mais tarde se viria a confirmar com os livros que fui publicando e com o projecto que criei em 2008 na internet, o blogue Macau Antigo, de que muito me orgulho e que por esta altura tem perto de 3 milhões de pageviews.
A propósito da Prof. Beatriz, vou revelar um episódio ocorrido por volta de 2005/6. Nas investigações para o livro que estava a escrever sobre o Liceu 'descobri' que havia um hino da instituição. Falei com a Prof. Beatriz que não só me confirmou a existência do dito hino como me disse que o sabia tocar. Passado pouco tempo lá estava eu a caminho de Coimbra (onde ela mora). A viagem foi feita num dia de Inverno horrível em Dezembro. Frio e chuva! Sentada ao piano a Prof. Beatriz tocou o hino que eu gravei e depois pedi ao Senhor Abel Mendes (tinha sido chefe da banda da PSP de Macau) para escrever a partitura. Aos dois estou eternamente grato pelo gesto. Julgo que terá sido a primeira vez que a letra e música do hino foram publicados em livro.
Recordo-me também do Professor Cordeiro, de Educação Física. Muito carismático incutiu-me o gosto pela prática desportiva (que ainda perdura) e considerei-o sempre um bom companheiro, incluindo nas lides da bola e da bolinha (quem esteve em Macau sabe ao que me refiro) quando representei as cores do Liceu. Que orgulho foi conquistar o troféu no Campo Desportivo do Canídromo (salvo erro) de campeão do Campeonato Escolar de Macau.
Ocorre-me ainda o nome da professora Elisa Antunes, de Português. Que mestria e paciência para 'analisar' os meus primeiros poemas. Ainda ganhei uns prémios em concursos ao nível do liceu.
Foi também enquanto estudava no liceu que tive uma disciplina denominada jornalismo. Até então tencionava prosseguir os estudos superiores em Direito mas mudei de ideias. E de um momento para o outro estava a 'trabalhar' na TDM-Rádio Macau onde fiquei com a paixão pela rádio e pela comunicação social, área que viria a seguir tirando o curso superior em Portugal tendo para isso abandonado Macau com muita mágoa.
Por último refiro que no Facebook criei há uns anos um grupo denominado "Antigos Alunos do Liceu de Macau" e que já tem mais de 1500 membros espalhados um pouco por todo o mundo. Para além do convívio virtual, temos feito alguns almoços onde a faceta da solidariedade está sempre presente. Mais uma marca que ficou dos tempos do Liceu de Macau na década de 1980...
PS: Com o livro "Liceu de Macau 1893-1999" estreei-me nas lides da escrita sobre a História de Macau em 2007. Desde então já escrevi outros. Uma meia dúzia. Já me ia esquecendo que foi também no liceu que fiz parte - eleito pelos colegas - da Associação de Estudantes e da Comissão de Finalistas. Mas isso fica para outras memórias.
Texto de João Botas publicado originalmente na edição de Setembro 2024 da Newsletter da Fundação Jorge Álvares.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

"Os Militares em Macau"




Obra de referência da autoria do então Padre Manuel Teixeira. A primeira edição é de 1975.

A 2ª edição é de 1984 pelo Comando das Forças de Segurança de Macau com 614 págs. Inclui explicação relativa à 1ª edição de 1975, nota explicativa da 2ª edição, apresentação do Comandante Militar de Macau, Tenente Coronel Manuel Maia Gonçalves e bibliografia das obras publicadas pelo autor. As páginas finais contêm índice onomástico, índice geral e índice das gravuras.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Campeonato de futebol em 1957

Com 12 vitórias e um empate em Junho de 1957 o Grupo Desportivo da Polícia venceu o campeonato de futebol de Macau  na época 1956-57. O Sporting Clube de Macau ficou em 2º lugar e o Sport Macau e Benfica em 3º. Seguiram-se: Argonauta, San Fa Un, Lusitano e Cheok Lin. 



Classificação em Fevereiro de 1957


Os recortes de imprensa são do jornal Notícias de Macau.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Mapa de Portugal, Ilhas e Colónias: 1952

Mapa de Portugal Ilhas e Colónias - Edição Popular
Edição: Litografia Costa e Valério
Portugal, 1952
Total de 14 mapas com diferentes escalas
Mapa 1: "Guiné" - Escala ca 1:2000000, 5,05 cm correspondente a "100 Km" . 
Mapa 2: "Açores" - Escala ca 1:1900000, 3,15 cm correspondente a "60 Km" . 
Mapa 3: "Cabo Verde" - Escala ca 1:1600000, 4,90 cm correspondente a "80 Km" . 
Mapa 4: "S. João Baptista de Ajudá" - Escala não determinada . 
Mapa 5: "Portugal" - Escala ca 1:2000000, 4,10 cm correspondente a "80 Km" . 
Mapa 6: "Diu" - Escala ca 1:250000, 3,55 cm correspondente a "9000 m" . 
Mapa 7: "Macau" - Escala ca 1:200000, 3,00 cm correspondente a "6000 m" . 
Mapa 8: "Moçambique" - Escala ca 1:7700000, 3,90 cm correspondente a "300 Km" . 
Mapa 9: "S. Tomé e Príncipe" - Escala ca 1:1900000, 2,10 cm correspondente a "40 Km" . 
Mapa 10: "Damão" - Escala ca 1:570000, 3,50 cm correspondente a "20 Km" . 
Mapa 11: "Angola" - Escala ca 1:7500000, 4,00 cm correspondente a "300 Km" . 
Mapa 12: "Timor" - Escala ca 1:3100000,  4,90 cm correspondente a "150 Km" . 
Mapa 13: "Madeira" - Escala ca 1:1100000, 2,70 cm correspondente a "30 Km . 
Mapa 14: "Goa" - Escala ca 1:1200000, 2,60 cm correspondente a "30 Km".