Anúncio publicado no jornal "Aurora Macaense" em Dezembro de 1843:
AVIZO.
O ABAIXO assignado faz saber ao publico que ha para alugar humas cazas, sitas ao pé de fonte de Nilão, onde servira em outra ora d'Hospital Britannico; quem a quizer poderá derigir-se ao Encarregado
JOZE SIMAO DOS REMEDIOS.
O "Hospital Britanico" que se refere era muito provavelmente este. A "fonte de Niláo" é o nome primitivo do que hoje se conhece por Fonte do Lilau.
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| A zona referida no "Avizo" numa pintura de Chinnery feita entre 1825 e 1852 |
A zona é actulamente conhecida por colina da Penha, termo posterior a 1622, data da construção do forte e da ermida, mas antes era denominado "Nilao".
Um documento revelado por A. da Silva Rego indica:
"Na cidade de Nome de Deos de Macao temos huma ermida consagrada a Nossa Senhora da Penha de França em hum dos montes da cidade, chamado Nilao, edificada pelo Pe. Fr. Estevão de Vera Cruz, prior do convento da mesma cidade em o anno de 1623, em cuja fábrica muito trabalhou gastando do convento (alem das esmolas) trezentos, e tantos taéis de prata."
O comerciante (e historiador) sueco Ljungstedt também revelou um documento de 1795 que indica o termo "Nilao":
"Diz Felipe Correa de Liger Cazado, e m.or nesta Cid.e, que como este N. Sen.º tem entre outras hua terra baldia cita a Orta de D. Anna Correa, e Bica de Nilao, que inda conserva prezentm.te hum posso, que fora feito p.’° Avô do Sup.e, pertende o Sup.e cento e vinte braças de Norte ao Sul, e outras tantas de Leste a Oeste".
Na "Planta Topographica da cidade de Macau" de 1831-38 (capitão Cândido Osório) refere-se na legenda nº 25 a "Bica de Liláo ou Nináo".
Na toponímia actual restam ainda com o nome "Lilau" uma rua, um largo e um beco.

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