O Instituto Português do Oriente (IPOR) e a Associação dos Advogados de Macau (AAM) promovem a apresentação da versão em língua chinesa da “Portugal, a China e a Questão de Macau”, da autoria do advogado e investigador Francisco Gonçalves Pereira, no próximo domingo, 15 de Dezembro, na residência do cônsul-geral de Portugal, no antigo hotel Bela Vista.
Inicialmente editada pelo IPOR em 1995, e reeditada em 2010, a obra conhece agora a tradução e a edição em chinês.
Realizada num contexto e um tempo próprios, a análise histórica e política que Francisco Gonçalves Pereira desenvolve sobre o estatuto jurídico-político de Macau ao longo do tempo e até ao período que imediatamente antecedeu a transferência de Administração, “permanecem como um contributo válido para a historiografia portuguesa, bem como para a História de Macau”.
Nos últimos anos de vida dedicou-se ainda à investigação e elaboração da tese de doutoramento na “London School of Economics”, Reino Unido. Morreu a 15 de Dezembro de 2003.
Realizada num contexto e um tempo próprios, a análise histórica e política que Francisco Gonçalves Pereira desenvolve sobre o estatuto jurídico-político de Macau ao longo do tempo e até ao período que imediatamente antecedeu a transferência de Administração, “permanecem como um contributo válido para a historiografia portuguesa, bem como para a História de Macau”.
A edição de 中葡與澳門問題 (título chinês) surge numa altura em que se assinalam os 10 anos da morte de Francisco Gonçalves Pereira. Para além da versão em chinês, estará disponível durante a sessão a versão em português de “Portugal, a China e a Questão de Macau”.
“Francisco Gonçalves Pereira foi o primeiro investigador português a colocar a ‘Questão de Macau’ no seu devido lugar”, entende Carlos Gaspar, especialista em relações internacionais, e responsável pela apresentação em Lisboa do livro “Accommodating diversity: the People’s Republic of China and the ‘Question of Macao’”.
Para Gaspar, ex-assessor de diversos presidentes da República, com o pelouro de Macau, a dissertação académica que Francisco Gonçalves Pereira preparou para o seu doutoramento na London School of Economics and Political Science, sob a direcção de Michael Yahuda, mostra que “só se pode compreender a história de Macau (e de Hong Kong) se se analisar a sua evolução no quadro da política de reunificação da República Popular da China”.
A família de Francisco Gonçalves Pereira, em concreto a sua filha Joana, fez a doação de uma rica biblioteca sobre temas de Macau, China e Ásia ao Centro Científico e Cultural de Macau. São mais de 1500 títulos que passam a constituir a Biblioteca Francisco Gonçalves Pereira, disponível em sala própria da Biblioteca do CCCM em Lisboa.
Nascido em 1949, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa em 1978. Cursou Estudos Europeus Avançados no Colégio da Europa, em Bruges, Bélgica e fez o seu trabalho de pesquisa na Universidade de Siena, Itália. Em Macau exerceu advocacia desde 1985 onde também foi notário privado desde 1991. Foi ainda membro da Direcção da Associação dos Advogados de Macau e vice-presidente do Conselho Superior da Advocacia e membro do Conselho de Assuntos de Transição do Governo de Macau. Foi também um dos co-proprietários do Ponto Final na década de 1990, ajudando a relançar o jornal numa fase conturbada da sua existência.Nos últimos anos de vida dedicou-se ainda à investigação e elaboração da tese de doutoramento na “London School of Economics”, Reino Unido. Morreu a 15 de Dezembro de 2003.
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